2.4.18 - Vernonia condensata Baker (Boldo baiano ou alumã).
2.4.18.1 - DESCRIÇÃO
Arbusto grande ou arvoreta, perene que cresce de 2 ou 5 m de altura, formando touceiras, pouco ramificada, de ramos quebradiços.
Folhas simples, opostas, inteiras, ovadas e oblongas, coriáceas, de 5 cm a 12 cm de comprimento de margens levemente onduladas no sentido dorsal.
Flores discretas, de coloração esbranquiçada, reunidas em pequenas panículas terminais e axilares de capítulos alongados. Florescimento discreto e ocorre no verão. Fruto aquênio ou drupa com papus constituído de cerdas finas, bisarriados, dispersos pelo vento.
Sabor amargo seguido de doce quando mastigado.
* A espécie Vernonia bahiensis é comumente usada pelas mesmas características.
(Lorenzi, H. et al., 2002; Almassy Júnior, A.A. et al., 2005; Pereira Pinto, J.E.B. et al., 2000).
** Ver fotos no anexo.
2.4.18.2 - USOS
Somente as folhas são utilizadas (Lorenzi, H. et al., 2002; Escola superior de agricultura “Luiz de Queiroz”, 2008).
a) Aperiente.
Tintura: colocar uma colher de folhas picadas para uma xícara de álcool neutro 70ºGL. Deixar macerar por 3 dias, tomar uma colher dissolvida em água antes das refeições (Paróquia Santuário São Leopoldo Mandic, 2008).
b) Ressaca alcoólica.
Maceração: 5 folhas em um copo d'água, tomar 2 a 3 vezes ao dia. Recomenda-se tomar antes e após ingestão de bebidas alcoólicas (Paróquia Santuário São Leopoldo Mandic, 2008; Unilavras, 2008).
c) Distúrbios do fígado, estômago, cole e diarréia alimentar.
Para estes males o seu chá é preparado com uma colher (sopa) de folhas secas picadas em uma xícara (chá) água fervente, ministrando na dose de uma xícara (café) em jejum e antes das principais refeições. (2)
Infusão: 5 folhas por litro de água, tomar pela manhã (para o fígado) ou após as refeições (contra diarréia) (Paróquia Santuário São Leopoldo Mandic, 2008; Unilavras, 2008).
d) Cole aguda, insuficiência hepática, gases intestinais, cálculos biliares, inapetência e alta taxa de colesterol no sangue.
Mistura com vinho preparada com 3 colheres (sopa) de suas folhas em uma garrafa de vinho seco e deixada em maceração durante 5 dias. Administrando-a na dose de 1 cálice 30 minutos antes das principais refeições (Lorenzi, H. et al., 2002).
e) Gases intestinais, colesterol com taxa alta, insuficiência hepática, colescistite aguda (inflamação da vesícula).
Em uma xícara (chá), coloque uma colher (sopa) de folhas picadas e adicione água fervente. Abafe por 10 minutos e coe. Tome uma xícara (chá) de manhã em jejum, e outra, 30 minutos antes das principais refeições (Escola superior de agricultura “Luiz de Queiroz”, 2008).
f) Colecistite e diarréia alimentar.
Coloque uma colher (sopa) folhas picadas em uma xícara (chá) de água em fervura. Deixe ferver por 3 minutos, espere esfriar e coe. Tome uma xícara (chá) quando sentir a dor. No caso da diarréia tome a mesma dosagem logo após a evacuação (Escola superior de agricultura “Luiz de Queiroz”, 2008).
g) Colecistite aguda, insuficiência hepática, gases intestinais, fluidificante do suco biliar, hepatoprotetor, cálculos biliares, colesterol com taxa alta, inapetência.
Coloque 3 colheres (sopa) de folhas fatiadas em uma garrafa de vinho branco seco. Deixe em maceração por 5 dias, agitando de vez em quando e coe. Tome 1 cálice 30 minutos antes das principais refeições (Escola superior de agricultura “Luiz de Queiroz”, 2008).
* As propriedades analgésicas e de proteção gástrica já tem comprovação científica (Escola superior de agricultura “Luiz de Queiroz”, 2008).
2.4.18.3 – TOXICIDADE E CUIDADOS NO USO
Toxidade: Não há referência na literatura consultada (Almassy Júnior, A.A. et al., 2005).
Não se aconselha o uso prolongado da planta (Paróquia Santuário São Leopoldo Mandic, 2008).
2.4.18.4 - CULTIVO
Planta amplamente cultivada em todo o leste e sudeste do Brasil (Lorenzi, H. et al., 2002; Escola superior de agricultura “Luiz de Queiroz”, 2008). É uma das plantas mais cultivadas em jardins e hortas brasileiras (Wikipedia, 2008).
PROPAGAÇÃO
Propaga-se por sementes e estacas caulinares (Pereira Pinto, J.E.B. et al., 2000; Lorenzi, H. et al., 2002; Almassy Júnior, A.A. et al., 2005; Unilavras, 2008).
PLANTIO
Época de chuvas (Almassy Júnior, A.A. et al., 2005).
CLIMA
Tem preferência por climas tropicais e subtropicais (Unilavras, 2008). Quente ou ameno (Almassy Júnior, A.A. et al., 2005). Quanto à exposição ao sol, à mesma deve ser plena (Unilavras, 2008).
SOLO
O solo pode ser seco, pobre em nutrientes, leve e bem drenado (Unilavras, 2008(Almassy Júnior, A.A. et al., 2005).
COLHEITA
A colheita das folhas deve ser feita quando a árvore estiver cheia, na medida da necessidade, ao longo do ano, de preferência antes do surgimento de flores. Já as raízes, podem ser colhidas em qualquer época do ano. (Unilavras, 2008; Almassy Júnior, A.A. et al., 2005; Escola superior de agricultura “Luiz de Queiroz”, 2008).
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