Plectranthus amboinicus (Lour.) Spreng (Hortelã-graúda, malvariço).

2.4.14 - Plectranthus amboinicus (Lour.) Spreng (Hortelã-graúda, malvariço).

2.4.14.1 - DESCRIÇÃO
Erva grande perene, ereta, tomentosa, semicarnosa e aromática. De 0,40 m a 1 m de altura.
Folhas deltóide-ovais, com disposição oposta-cruzada, de base truncada e margem dentada, com nervuras salientes no dorso, medindo 4-10 cm de comprimento.
Flores azulado-claras ou róseas, em longos racemos interrompidos. Não floresce nas condições edafoclimáticas do Nordeste, excetuando-se as serras úmidas.

*Parece muito com a malva-santa (P. barbatus Andr.) da qual difere por possuir folhas não flexíveis, quebradiças e sem o sabor amargo próprio desta última.
(Mattos, S. H. et al., 2006; Lorenzi, H. et al., 2002; Almassy Júnior, A.A. et al., 2005).
** Ver fotos no anexo.

2.4.14.2 - USOS
a) Tosse ou dor de garganta.
Xarope: preparado aquecendo-se 30 a 40 folhas frescas diretamente com chama baixa com um copo de açúcar disposto em camadas alternadas até tornar líquida toda esta mistura, ao qual pode-se adicionar enquanto quente, o cozimento (decocto) chambá (Justicia pectoralis) feito com meia xícara das folhas picadas, o que melhora sua eficácia. (Lorenzi, H. et al., 2002).
Toma-se o xarope na dose de uma ou duas colheres das de sopa três vezes ao dia. (Lorenzi, H. et al., 2002).
As folhas inteiras podem ser usadas uma a uma, até seis por dia (Lorenzi, H. et al., 2002).

b) Resfriados, gripes, tosses com catarro, bronquite.
Infusão: Cinco gramas de folhas frescas em uma xícara de chá de água fervente. Tomar uma xícara três vezes ao dia (Programa Municipal Fitoviva, 2008).
Bochecho e gargarejo: usar a infusão duas a três vezes ao dia (Programa Municipal Fitoviva, 2008).
Xarope: Usar 200g de hortelã graúda em um litro de água e 1,8 kg de açúcar ou rapadura. Adulto: uma colher de sopa três vezes ao dia. Criança: uma colher de chá três vezes ao dia (Programa Municipal Fitoviva, 2008).
Inalação: Usar de 5 a 8 folhas em meio litro de água. Três vezes ao dia. (Programa Municipal Fitoviva, 2008).

2.4.14.3 – TOXICIDADE E CUIDADOS NO USO
Várias plantas são denominadas hortelã-pimenta. Tomar cuidado na identificação (Lorenzi, H. et al., 2002).
Não há referência na literatura consultada (Almassy Júnior, A.A. et al., 2005).
Em altas doses pode causar irritação na mucosa gástrica, amigdalite, gengivite, estomatite, dor de ouvido (Programa Municipal Fitoviva, 2008).

2.4.14.4 – CULTIVO
Originária da Nova Guiné e cultivada em todos os paises tropicais e subtropicais, inclusive no Brasil em hortas caseiras para fins medicinais (Lorenzi, H. et al., 2002; Almassy Júnior, A.A. et al., 2005).

PROPAGAÇÃO
Facilmente multiplicada por estaquia. (Lorenzi, H. et al., 2002; Almassy Júnior, A.A. et al., 2005; Mattos, S. H. et al., 2006). Utiliza-se de estacas semilenhosas com 20 cm de comprimento. Mudas são transplantadas com 30 dias para o local definitivo (Mattos, S. H. et al., 2006).

PLANTIO
O ano todo (Almassy Júnior, A.A. et al., 2005).

CLIMA
Ameno, sendo cultivada em todos os paises tropicais e subtropicais (Lorenzi, H. et al., 2002; Almassy Júnior, A.A. et al., 2005). Durante o período de crescimento ativo regue abundantemente sempre que necessário para manter a mistura completamente úmida, mas nunca deixe o vaso em água. Durante o período de repouso regue apenas o indispensável para impedir que a mistura seque (Kindersley, D., 1984).

SOLO
Arejado e rico em matéria orgânica (Almassy Júnior, A.A. et al., 2005). Recomenda-se aplicar 10 Kg de esterco bovino curtido por metro quadrado de área (Mattos, S. H. et al., 2006).

COLHEITA
Deve-se colher as folhas a partir de 120 dias. (Almassy Júnior, A.A. et al., 2005; Mattos, S. H. et al., 2006).



OUTRAS INFORMAÇÕES
Deve ser regularmente despontado, para incentivar a ramificação e para que os lançamentos se apresentem mais densos (Kindersley, D., 1984).
Apesar de perene, exige replantio a cada ano em novo local (Lorenzi, H. et al., 2002; Almassy Júnior, A.A. et al., 2005) O ciclo vegetativo no Nordeste é de aproximadamente 175 dias; a partir deste período, as folhas começam a amarelecer e diminuem o número de ramos da planta (Mattos, S. H. et al., 2006).

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