Busco na memória quando comecei a gostar e usar o manjericão na cozinha. Não tem muito tempo. Foi com a Cau, minha esposa, que percebi o quanto é saboroso e principalmente cheiroso. Dá um toque especial a alguns pratos e não pode faltar em outros, como em uma salada de polvo.
Como profissional da área de ciências agrárias, sempre vi a associação da palavra “manjericão” ao nome científico “Ocimum basilicum”. Acontece que a planta que sempre conheci com este nome popular tem as folhas pequenas e quando fiz minha pós-graduação em Plantas Medicinais descobri que o Ocimum basilicum é o manjericão de folha larga. O manjericão de folhas miúdas tem o nome científico Ocimum minimum. Vejo que algumas pessoas fazem a mesma associação e na feira livre que freqüento não é raro ver pessoas perguntando ao feirante “o que é isso, moço?”. Em certa ocasião ficamos a conversar se uma não era alfavaca ou alfavacão e a outra manjericão. Por fim a conclusão foi que “manjericão era a planta da folha miúda, como sempre foi e não se fala mais nisso” afirmou uma senhora.
Como já postado anteriormente neste blog em “Melissa???”, quando tratamos as plantas pelos nomes populares podem ocorrer confusões. Pois a depender da cidade, da região e do país que ela se encontra seu nome popular pode variar muito. Por isso, o correto é tratá-las pelo nome científico (Ler postagem de 2009: Revisão Bibliográfica, subtítulo 2.3 – Identificação).
Desta forma, não é incorreto chamarmos o Ocimum basilicum ou o Ocimum minimum de manjericão.
Temos ainda o Ocimum basilicum var. purpureum, o Ocimum gratissimum e mais algumas dezenas. Já vi em alguns sites fotos do O. gratissimum e do O. minimum associado ao nome Ocimum basilicum.
Se você é uma destas pessoas que sempre utilizou, na cozinha, o manjericão de folhas miúdas (O. minimum) recomendo experimentar o manjericão de folhas largas (O. basilicum).
Ocimum Basilicum
Ocimum basilicum var. purpureum
Ocimum minimum
Plantas medicinais no Espírito Santo
Fotos do horto de plantas medicinais do Centro de Educação Ambiental de Jucuruaba (CEAJ) do Incaper no município de Viana e do viveiro botânico de plantas medicinais de Tabuazeiro em Vitória, ambos no Espírito Santo, local de minha nova morada.
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