2.4.3 - Baccharis trimera (Less.) DC. (Carqueja).
2.4.3.1 - DESCRIÇÃO
Arbusto perene de pequeno porte, ereto, muito ramificado na base, medindo de 20 a 80 cm de altura.
Folhas dispostas ao longo dos caules e ramos como expansão alada. Bastante reduzidas e ovais.
Caule lenhoso, alado em sua extensão, com alas seccionadas alternadamente, levemente nervadas.
Inflorescências em capítulo, dispostas ao longo dos ramos de cor esbranquiçadas.
Fruto tipo aquênio, linear, glabro.
(Almassy júnior, A.A. et al., 2005; Pereira pinto, J.E.B. et al., 2000).
* Ver fotos no anexo.
2.4.3.2 - USOS
a) Afecções estomacais, intestinais e hepáticas.
Infusão: preparado adicionando-se água fervente a uma xícara (chá) contendo uma colher (sopa) de suas hastes e folhas picadas, na dose de uma xícara (chá) 3 vezes ao dia, 30 minutos antes das refeições (Lorenzi, H. et al., 2002).
b) Digestivo.
Vinho medicinal: macerar uma colher das de sopa de hastes em meio copo de aguardente por 5 dias. Misturar o macerado filtrado a uma garrafa de vinho branco. Tomar um cálice antes das refeições (Pereira pinto, J.E.B. et al., 2000; Wikipedia, 2008).
c) Uso externo.
Infusão forte: 60 g em 1 litro de água. Aplicar diretamente em locais afetados. Banhos parciais ou completos, ou compressas localizadas (Pereira Pinto, J.E.B. et al., 2000; Wikipedia, 2008).
2.4.3.3 – TOXICIDADE E CUIDADOS NO USO
Toxicidade: Não há referência na literatura consultada (Almassy Júnior, A.A. et al., 2005).
Contra-indicações/cuidados: gestantes e lactantes. Doses excessivas podem abaixar a pressão (Wikipedia, 2008).
2.4.3.4 – CULTIVO
Originária da América do Sul, ocorre espontaneamente em quase todo o território nacional. (Almassy Júnior, A.A. et al., 2005; Pereira Pinto, J.E.B. et al., 2000).
Em estado silvestre, cresce em abundância em grande parte do território nacional, nas pastagens, terrenos baldios, margens de rios e beira de estradas. (Almassy Júnior, A.A. et al., 2005; Guia Rural, 1990; Jardineiro.Net, 2008).
Na natureza essa planta vive em locais muito secos e compactados (Jardins e Plantas, ----?).
É uma planta ideal para canteiros de jardins, pois cresce formando tufos espessos (Wikipedia, 2008). A carqueja é muito rústica e de fácil cultivo, além de interessante no paisagismo pelo seu aspecto diferente. Pode ser plantada em vasos e jardineiras, assim como em canteiros adubados, onde forma pequenas moitas arredondadas e compactas. (Jardineiro.Net, 2008).
PROPAGAÇÃO
A propagação da carqueja se dá por sementes, por estaquia ou, por divisão de touceira (mudas retiradas da planta adulta) (Almassy Júnior, A.A. et al., 2005; Pereira Pinto, J.E.B. et al., 2000; Afitema, 2007; Jardineiro.Net, 2008; Jardins e Plantas, ----?; Corrêa Junior, C. et al., 2006; Oliveira, E. J. et al., 1999).
A reprodução por sementes pode não dar os resultados esperados, em razão da demora que a planta terá para atingir o ponto de colheita. (Oliveira, E. J. et al., 1999). O melhor é plantá-la através de mudas retiradas de uma carqueja adulta (Guia Rural, 1990).
PLANTIO
Nos meses mais quentes do ano (Almassy Júnior, A.A. et al., 2005; Guia Rural, 1990).
CLIMA
Tropical (Almassy Júnior, A.A. et al., 2005). Tem distribuição predominantemente extra tropical, sendo uma planta de lugares abertos ou de campo, muito abundante nas regiões montanhosas, onde o clima é ameno e em zonas áridas. (Afitema, 2007; Oliveira, E. J. et al., 1999).
O local para o plantio deve ser exposto ao sol, principalmente pela manhã (Oliveira, E. J. et al., 1999). Deve ser cultivada a pleno sol, não sendo exigente em irrigação, porém deve ser regada a intervalos periódicos. (Afitema, 2007; Jardineiro.Net, 2008).
Por ser um planta rústica, de maneira geral não é exigente em condições especiais de clima (Guia Rural, 1990).
SOLO
Ocorre em uma grande variedade de solos (Pereira Pinto, J.E.B. et al., 2000). O solo preferencialmente deve ser leve e fértil para que as raízes tenham facilidade de penetrar e desenvolver (Jardineiro.Net, 2008; Oliveira, E. J. et al., 1999).
Aceita solos pobres e ácidos e por isso infesta campos nativos, contudo aprecia solos férteis e úmidos, nos quais se desenvolve de forma mais exuberante (Jardins e Plantas, ----?).
Segundo Afitema (2007) a carqueja prefere solos secos e arejados.
Responde a pequenas quantidades de matéria orgânica (Afitema, 2007). É recomendado manter um bom teor de umidade do solo, mas não encharcado (Almassy Júnior, A.A. et al., 2005).
Por ser um planta rústica, de maneira geral não é exigente em condições especiais de solo (Guia Rural, 1990).
COLHEITA
Quatro meses após o plantio, quando apresentarem as flores. (Almassy Júnior, A.A. et al., 2005). Segundo Guia Rural (1990) a colheita começa quando atinge 30 cm de altura.
Deve-se salientar que a colheita das plantas em determinado ponto tem o intuito de obter o máximo teor de princípio ativo. Na carqueja, o período ideal é na floração. O maior problema da época de colheita na época inadequada é a redução do valor terapêutico e/ou predominância de princípios tóxicos (Oliveira, E. J. et al., 1999; Corrêa Junior, C. et al., 2006).
Existem alguns aspectos práticos que deveremos levar em consideração. Na carqueja, deve-se cortar totalmente sua parte herbácea, respeitando dois nós acima da superfície do solo. (Oliveira, E. J. et al., 1999; Corrêa Junior, C. et al., 2006). Esse procedimento favorecerá posteriormente a rebrota das plantas (Oliveira, E. J. et al., 1999). Segundo Almassy Júnior, A.A. (et al., 2005) o corte deve ser a 20-25 cm do solo.
Colhem-se as folhas quando novas tendo o cuidado de eliminar bolores que costumam desenvolver-se nelas (Afitema, 2007).
Faz-se de duas a três colheitas por ano (Oliveira, E. J. et al., 1999; Corrêa Junior, C. et al., 2006).
PRAGAS E DOENÇAS
A carqueja normalmente apresenta alta resistência ao ataque de doenças e pragas. Algumas pragas, que podem vir a aparecer, são ácaros, besouros, cochonilhas, formigas, lagartas, percevejos, pulgões, lesmas e nematóides. Podem ocorrer também doenças fúngicas, bacterianas e viróticas (Oliveira, E. J. et al., 1999; Corrêa Junior, C. et al., 2006).
OUTRAS INFORMAÇÕES
Deve ser renovada a cada 3-4 anos (Oliveira, E. J. et al., 1999; Corrêa Junior, C. et al., 2006).
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