Phyllanthus niruri L. (Quebra-pedra).

2.4.12 - Phyllanthus niruri L. (Quebra-pedra).

2.4.12.1 - DESCRIÇÃO
Planta anual herbácea atinge 10 a 80 cm de altura, de haste ereta, fina com poucos ramos alternos. Ramificada horizontalmente.
Folhas simples, membranáceas, ovais, alternas e pequenas (miúdas), simulando a folíolos de uma folha imparipenada. Medem até um centímetro de comprimento e dispostos nos ramos parecendo uma folha composta.
Flores amarelo-esverdeadas, diminutas, inseridas nas axilas das folhas, mas viradas para baixo, dióicas e curto pediceladas nos dois sexos.
Fruto seco, esquizocarpo, com duas sementes em cada lóculo. Do tipo cápsula com aproximadamente um milímetro de diâmetro, muito procurados pelos pássaros.
Sementes retorcidas no sentido longitudinal, com estrias transversais.
Raízes em forma de cabeleira.

* A característica marcante dessa espécie é a borda paralela da folha e a espécie corcovadensis é arredondada.
(Matos, F.J.A., 1994; Lorenzi, H. et al., 2002; Almassy Júnior, A.A. et al., 2005; Pereira Pinto, J.E.B. et al., 2000; Jardim de Flores, 2008).

* * Ver fotos no anexo.


2.4.12.2 - USOS
a) Relaxamento dos ureteres.
Decocção: Duas plantas inteiras em 1/2 litro de água, tomar várias vezes ao dia, suspender por duas semanas o uso do decocto após 10 dias de uso contínuo (Escola superior de agricultura “Luiz de Queiroz”, 2008; Paróquia Santuário São Leopoldo Mandic, 2008; Programa Municipal Fitoviva, 2008).

b) Eliminação de cálculos renais.
Cozimento: 5 g de planta contundida para meio litro de água. Tomar 2 a 3 xícaras por dia (Cunha, A. P. da, 2003).
Para eliminação dos cálculos renais, tomar o cozimento à vontade durante o dia, pelo menos por 3 semanas (Cunha, A. P. da, 2003).

c) Uso geral
Infusão: Uma xícara de cafezinho da planta fresca picada em meio litro de água, tomar uma xícara de chá 6 vezes ao dia. (Escola superior de agricultura “Luiz de Queiroz”, 2008; Paróquia Santuário São Leopoldo Mandic, 2008; Programa Municipal Fitoviva, 2008).

*Pesquisas científicas já comprovaram as propriedades da planta. Indicada para tratar cálculos renais (Jardim de Flores, 2008).

2.4.12.3 – TOXICIDADE E CUIDADOS NO USO
Por causa da potencial ação tóxica do alcalóide, não se deve ultrapassar as doses recomendadas e, embora se tenha determinado nesta planta uma atividade protetora dos hepatócitos, é conveniente interromper o uso do chá por uma semana após cada período de três, nos tratamentos demorados (Lorenzi, H. et al., 2002).
Segundo o Programa Municipal Fitoviva (2008) não é conveniente utilizar por tempo prolongado, sendo mais adequado interromper o uso por duas semanas após cada período de dez dias de tratamento.
Em doses altas e freqüentes, pode provocar aborto e ser purgativa, sendo contra indicado no período da gravidez (Almassy Júnior, A.A. et al., 2005). (Almassy Júnior, A.A. et al., 2005; Ache tudo e região, 2008; Escola superior de agricultura “Luiz de Queiroz”, 2008; Programa Municipal Fitoviva, 2008).

2.4.12.4 - CULTIVO
Planta muito popular em nosso país, vegetando abundantemente, em especial, no Estado de Minas Gerais, onde é encontrada em hortas (Cruz, G. L., 1965). Cresce especialmente durante o período da estação chuvosa em todo tipo de solo, sendo comum sua ocorrência nas fendas de calçadas, terrenos baldios, campos, quintais e jardins, em todos os estados brasileiros e em quase todas as regiões tropicais (Matos, F.J.A., 1994; Lorenzi, H. et al., 2002; Jardim de Flores, 2008).
Por se tratar de uma planta rústica, seu cultivo é muito fácil (Jardim de Flores, 2008).

PROPAGAÇÃO
Propaga-se por sementes (Almassy Júnior, A.A. et al., 2005; Corrêa Junior, C. et al., 2006; Pereira Pinto, J.E.B. et al., 2000) e microestacas (Pereira Pinto, J.E.B. et al., 2000).

PLANTIO
Realizado o ano todo (Almassy Júnior, A.A. et al., 2005).


CLIMA
Subtropical. Prefere locais de meia sombra, como pomares, viveiros, jardins, hortas e quintais (Almassy Júnior, A.A. et al., 2005).
Aceita plena iluminação, mas desenvolve-se bem em ambiente à meia-sombra, sem muita luz solar direta (Jardins e Plantas, ----?; Jardim de Flores, 2008). Não vai bem em temperatura abaixo de 15ºC (Jardins e Plantas, ----?).

SOLO
Pouco exigente em relação ao tipo de solo, ocorrendo mesmo em frestas de pedras (Almassy Júnior, A.A. et al., 2005; Pereira Pinto, J.E.B. et al., 2000; Jardins e Plantas, ----?).
É recomendável que o solo tenda mais para o arenoso do que para o argiloso. A planta responde bem à adubação orgânica e não suporta solo encharcado, por isso, no cultivo em vasos ou jardineiras é preciso ter muito cuidado com o excesso de água, apesar da planta ter preferência por locais úmidos (Almassy Júnior, A.A. et al., 2005; Pereira Pinto, J.E.B. et al., 2000; Jardins e Plantas, ----?; Jardim de Flores, 2008).

PRAGAS E DOENÇAS
Frequentemente atacada por formigas (Corrêa Junior, C. et al., 2006).

COLHEITA
Inicia-se 2 a 3 meses após o plantio (Almassy Júnior, A.A. et al., 2005). Por ser uma planta de ocorrência em fendas de calçadas, terrenos baldios, campos, quintais e jardins, ou seja, locais mais sujeitos a contaminações e poluições, deve-se tomar cuidado com o local da colheita do material a ser utilizado (Pereira Pinto, J. E. B. et al., 2001).

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