FOTOS: Vernonia condensata Baker (Boldo baiano, alumã).













FOTOS: Solidago chilensis Meyen (Arnica-brasileira).




FOTOS: Ruta graveolens L. (Arruda).




FOTOS: Plectranthus barbatus Andrews (Boldo-brasileiro).







FOTOS: Plectranthus amboinicus (Lour.) Spreng (Hortelã-graúda, malvariço).




FOTOS: Plantago major L. (Tanchagem).







FOTOS: Phyllanthus niruri L. (Quebra-pedra).




FOTO: Passiflora edulis Sims (Maracujá).


FOTOS: Ocimum basilicum L. (Manjericão).







FOTOS: Mikania glomerata Spreng (Guaco).




FOTOS: Mentha sp. (Hortelã).




FOTOS: Melissa officinalis L. (Erva-cidreira).




FOTOS: Lippia sidoides Cham (Alecrim-pimenta).




FOTOS: Lippia alba (Mill) N. E. Brown (Erva-cidreira-brasileira).







FOTOS: Cymbopogon citratus (DC) Stapf (Capim-santo).




FOTOS: Baccharis trimera (Less.) DC. (Carqueja).




FOTOS: Aloe vera (L.) Burm. f . (Babosa).




FOTOS: Ageratum conyzoides L. (Mentrasto, Erva-de-São-João).







REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.

IV – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS.

III – CONSIDERAÇÕES FINAIS.
Há muito a ser pesquisado sobre o cultivo de plantas medicinais, ainda mais quando se trata do cultivo em residências (recipientes e jardins).
Como as hortaliças, as plantas medicinais podem ser trazidas para junto e até para dentro de nossas casas. Há contudo um porém; mesmo que uma determinada espécie se adapte ao ambiente artificial de uma residência, ela estará sujeita a variações nos teores de seu principio ativo, que como vimos é influenciado por inúmeros fatores climáticos e de cultivo.
Plantou-se algumas espécies medicinais (Aloe vera, Baccharis trimera, Coleus barbatus, Cymbopogon citratus, Lippia alba, Mikania Glomerata, Ocimum basilicum, Phyllanthus niruri, Plantago major, Plectranthus barbatus e Ruta graveolens) na residência do autor deste, porém sem caráter cientifico. Quando muito se plantou duas plantas de uma mesma espécie, de forma que não se pôde avaliar com segurança os resultados. Também não foram feitas análises para se avaliar os teores dos princípios ativos em função das condições em que as plantas foram cultivadas.
Um trabalho bibliográfico tem suas limitações, mas espero que este trabalho possa contribuir para a realização de futuras pesquisas objetivando resultados mais práticos e expressivos.

GLOSSÁRIO DE TERMOS BOTÂNICOS

2.5 – GLOSSÁRIO DE TERMOS BOTÂNICOS

Acaule – sem caule aparente.
Actinomorfo – ou radial. Com vários planos de simetria.
Acuminado – limbo estreitando-se gradualmente para o ápice e terminando em ponta, excessivamente agudo.
Anual – Plantas anuais, plantas que nascem, crescem, florescem e morrem uma vez por ano. — As plantas anuais são diferentes das bianuais ou bienais, que levam dois anos para completar seu ciclo de vida. Também diferem das perenes, que vivem mais de dois anos.
Apical – relativo a ápice (ponto mais elevado).
Aquênio – fruto seco, indeiscente, formado por um ou dois carpelos, porém unilocular com uma só semente. A casca é geralmente dura, lisa ou dotada, às vezes, de excrescências em forma de espinhos, farpas ou pêlos.
Arbusto – planta de tamanho médio inferior a 5 m, resistente e lenhoso inferiormente, e tenro e suculento superiormente, sem um tronco predominante, porque ramifica a partir da base.
Árvore – grande tamanho, superior a 5 metros, geralmente com tronco nítido e despido de ramos, na parte inferior; a parte ramificada constitui a copa.
Arqueado – dobrado, curvado.
Assaz - bastante, em quantidade suficiente.
Axilares – ver inflorescências axilares.
Basal - relativo a uma base.
Bianual – ver anual.
Brácteas – folhas modificadas, localizadas próximo aos verticilos florais.
Cacho – ver Racimo.
Caduco – que dura pouco tempo e cai precocemente; de duração efêmera.
Cálice – conjunto de sépalas.
Capítulo – tipo de inflorescência racemosa ou indefinida. Caracteriza-se pela dilatação do pedúnculo na parte superior, constituindo um receptáculo, sobre o qual se inserem as flores sésseis. Na maioria existe um invólucro formado por brácteas. O capítulo pode ser discóide (com flores de um só tipo) ou heterógamo ou radial (com flores de dois ou mais tipos).
Cápsula – fruto seco, deiscente, formado por vários carpelos sincarpos.
Carnoso – espesso e suculento.
Carpelo - vada uma das peças florais, geralmente soldadas, cujo conjunto constitui o pistilo das flores.
Clister - injeção de água simples ou de algum medicamento líquido nos intestinos através do ânus; lavagem; enema.
Coriáceo – que tem a aparência ou a semelhança de couro.
Corimbo – inflorescência indefinida, cujos ramos laterais saem de níveis diferentes do eixo, atingindo todos a mesma altura.
Corola – conjunto de pétalas.
Cotilédone – folha embrionária encontrada nas sementes em geral, em número de uma (monocotiledônea), duas (dicotiledônea) ou muitas (gimnosperma), podendo conter reservas.
Decumbente - diz-se do caule que se reclina ao solo, mas tem o ápice ou extremidade levantada.
Delgado – que tem pouca espessura.
Deiscente – abrem-se quando maduros (frutos).
Diclamídeas – presença de cálice e corola.
(Classificação quanto ao número de peças do perianto).
Dióica – quando as flores masculinas e femininas ocorrem em plantas diferentes.
Drupa – fruto carnoso indeiscente, cujo endocarpo é lenhoso e geralmente concrescido com tegumento da única semente que possui; esse conjunto é vulgarmente chamado de caroço.
Dorsal – relativo às costas.
Elíptica – oculto.
Epiderme – camada externa de um tecido vegetal que forma um envoltório protetor dos órgãos vegetais.
Erva – planta pouco desenvolvida, pequena consistência, em virtude da pequena ou nenhuma lenhificação.
Escapo floral – haste ou pedúnculo que se eleva de um grupo de folhas, nas plantas acaules, dando origem a uma ou mais flores.
Espatulada (folha) – forma de espátula, ápice mais largo, comprimento maior que 2 vezes a largura.
(Classificação da folha em relação a forma do limbo).
Espiga – tipo de inflorescência cujas flores são sésseis, situadas em diversas alturas sobre um pedúnculo principal.
Esquizocarpo - fruto seco resultante de um ovário multicarpelar que, ao alcançar a maturidade, se divide em outros tantos carpelos de uma única semente.
Estames – órgão reprodutor masculino da flor, formado pelo filete conectivo e pela antera; nesta última se formam os grãos de pólen.
Estilete – parte tubular, mais ou menos alongada, em continuação ao ovário. (Classificação em relação a morfologia do pistilo/Gineceu)
Estolonífera – que possui estolões.
Estolões – ou estolho. Broto lateral, em geral longo, apoiado no solo ou abaixo dele, que, de espaço a espaço, forma gemas com raízes e folhas rosuladas, assegurando a multiplicação vegetativa.
Fasciculada (raiz) – é aquela que, por atrofia precoce da raiz principal, está constituída por um feixe de raízes, onde não se distingue nem pela forma nem pela posição, uma raiz principal, pois todas têm espessura semelhante.
Filete – haste geralmente filamentosa encimada pela antera. (Classificação em relação à morfologia do estame).
Folha aguda – terminando em ângulo agudo (classificação em relação ao ápice do limbo).
Folhas alternas – que se insere uma por nó, isto é, isoladamente, em diferentes níveis do caule.
Folhas carnosas – ou suculenta. De consistência grossa e suculenta. Em geral com reserva de água.
Folha crenada – de bordos recortados em dentes arredondados.
Folha composta – limbo dividido em folíolos.
Este é um critério de classificação das folhas quanto ao número de limbos, podendo ser classificada em simples ou composta.
Folha curvinérvea – com nervuras secundárias curvas, em relação a principal.
Folha deltóide – em forma de delta, isto é, de triângulo isóscele (de lados iguais), de base não muito ampla.
Folha imparipenada – folha composta terminada por um folíolo.
Folha inteira – lisa, sem deformação ou divisão.
Folhas invaginantes – com bainha que envolve o caule em grande extensão.
Folha lanceolada – forma de lança, mais larga perto da base, comprimento maior que 3 vezes a largura.
Folhas oblongas – forma mais longa que larga, bordos quase paralelos, comprimento acima de 4 vezes a largura.
Folhas obtusas – terminando em ângulo obtuso (ângulo maior que o ângulo reto).
Classificação em relação à base do limbo.
Folhas opostas – duas folhas se inserem no caule, ao mesmo nível, mas em oposição. (classificação quanto à disposição das folhas no caule).
Folhas ovadas – forma de ovo, mais larga perto da base, comprimento 1-2 vezes maior que a largura.
Folha oval – com limbo oval e largura máxima próxima da base.
Folhas pecioladas – quando apresenta pecíolo.
Folha séssil – quando não tem pecíolo, a lâmina liga-se diretamente ao caule.
Folha simples – com limbo único, não dividido em folíolos.
Este é um critério de classificação das folhas quanto ao número de limbos, podendo ser classificada em simples ou composta.
Folíolo – cada uma das partes individuais, laminares, de uma folha composta.
Frutos secos – com pericarpo não suculento.
Frutos carnosos – pericarpo espesso e suculento.
Gavinha – órgão de fixação de certas plantas com o qual se prendem a suportes; são geralmente filamentos. As gavinhas podem se enrolar como molas espiraladas; sendo folhas, caules e até raízes modificadas.
Glabra – desprovida de pêlos.
Globoso - que tem forma de globo; globular.
Glomérulo – flores subsésseis, muito próximas entre si, aglomeradas, de configuração mais ou menos globosa.
Herbácea – planta de caule verde e mole (consistência tenra, não lenhosa). Que tem aspecto de erva, principalmente por não ser lenhificado.
Hermafrodita – dois sexos na mesma flor.
Indeiscente – não se abrem quando maduros (frutos).
Inflorescência – ramo vegetativo muito modificado, que comporta um grupo de flores com disposição variada.
Inflorescências axilares – inflorescência na axila das folhas.
Inflorescências terminais – inflorescência no fim do ramo.
Inflorescências escorpióides – eixo secundários saindo sempre do mesmo lado.
Invaginantes – diz-se da folha cujo limbo se prolonga numa bainha, rodeando completamente o caule até o nó, onde a folha se insere pela região inferior dessa bainha, como, por exemplo, nas Gramíneas.
Lenhoso – da natureza da madeira. Consistente e resistente, por causa da lenhificação e de considerável crescimento, em diâmetros transversais.
Limbo – parte laminar bilateral.
Lisa – sem acidentes.
(Classificação da folha em relação à superfície do limbo)
Lobada – folha com recortes profundos (lobos) e arredondados, mas nunca até a nervura mediana.
Lóculo - pequena cavidade; pequeno espaço separado de outro por septo.
Longitudinal – relativo à maior dimensão; colocado ao comprido; que está na direção do eixo principal de dado órgão.
Membranácea – consistência de membrana, sutil e flexível.
(Classificação da folha em relação à superfície do limbo)
Nó – local do caule de uma planta onde se insere as folhas, os brotos e os renovos laterais.
Olente – cheiroso, aromático.
Ovário triocular – com 3 lóculos.
Panícula – inflorescência indefinida, tipo cacho, cujos pedicelos se dividem para formar pequenos cachos, tendo, em seu todo, aspecto de cone. É uma variação de cacho composto.
Papus ( Pappus) – tufo de pêlos.
Pecíolo – suporte da folha que liga o limbo ao caule.
Pecíolo alado – pecíolo com expansões aliformes foliáceas laterais.
Pedicelo - pequeno pedúnculo.
Pedúnculo – eixo de sustentação da flor.

Pentâmeras – com 4 ou 5 sépalas ou seus múltiplos.
(Classificação quanto ao número de sépalas do cálice).
Perene – planta que vive vários anos seja qual for o número de suas florações. Em relação às folhas, diz-se das que permanecem sempre verdes.
Pericarpo – parede do fruto.
Perigônio – conjunto de invólucros florais (cálice e corola) quando não se distinguem a não ser pela situação, como em muitas Monocotiledôneas. Suas partes constituintes chamam-se tépalas.
Pilosa – revestida de pêlos.
Pubescente – que está coberto de pelos finos e curtos.
Racimo (racemo) ou cacho – flores situadas em pedicelos, saindo de diversos níveis no pedúnculo principal e atingindo diferentes alturas.
Ramificado – com ramos laterais.
Ramoso – que tem abundância de ramos.
Ráquis – eixo central de uma folha composta constitui um prolongamento do pecíolo.
Rizoma – caule subterrâneo ou ao rés do chão que se estende horizontalmente e que pode servir como órgão de reserva.
Rizomatoso - provido de rizoma.
Receptáculo – porção dilatada do extremo do pedúnculo, onde se inserem os verticilos florais.
Rosetas – ver Rosuladas.
Rosuladas – ou rosetadas. Quando as folhas, dispostas na base ou no ápice do caule estão muito juntas por ocorrer em entrenós muito curtos, dando a impressão de que todas estejam no mesmo nó, com aspecto de uma roseta.
Ruderal - diz-se da planta que cresce, de preferência, ao redor das habitações humanas.
Senescente – que vai envelhecendo, que se vai desgastando e enfraquecendo.
Septo – membrana divisória entre duas cavidades.
Serreado – que tem forma de serra, ou dentes semelhantes ou de serra.
Séssil – sem pedúnculo.
Subarbusto – arbusto pequeno, até 1 m de altura (base lenhosa e o restante herbáceo), ramos tenros.
Sublenhoso – duro na base que é lenhificada, e tenro, não lenhificada, no ápice.
Suculenta – plantas cujos órgãos carnosos (caules e/ou folhas) são adaptados a armazenar água.
Tegumento - invólucro das sementes.
Tépalas – cada uma das folhas componentes do perígono (perigônio) de uma flor, em que não haja diferenciação em corola e cálice.
Trepadeiras – diz-se das, ou plantas que, como a hera, trepam ao longo dos corpos vizinhos, seja por meio da haste a que se enrolam (feijão), seja por meio de órgãos especiais de fixação (gavinhas).
Tomentoso – coberto de pêlos.
Touceira - grande moita.
Tuberosa (raiz) – raiz dilatada pelo acúmulo de reservas nutritivas.
Tufo - pé de uma planta rasteira muito ramificada na base, formando uma espécie de trouxa.
Truncado – incompleto, mutilado.
Umbela – flores situadas em pedicelos que saem do mesmo ponto do ápice do pedúnculo principal, atingindo uma altura aproximadamente igual.
Vivaz (planta vivaz) - a que não é anual e que pode durar anos na terra..
Volúvel – inconstante, instável.
Zigomorfas – um só plano de simetria.
(Classificação quanto à simetria do cálice).

(Hostdime, 2008; Seddon, G.,1980; Primavesi, A., 2002; Nunes vidal, W. et al., 1995; Pereira Pinto, J.E.B. et al., 2000; Ferri, M. G., 1973?; Bueno, F. da S., 1992; Selecções do reader’s digest, 1983; Fortes, J. F. et al., 2003; Selecções do Reader’s Digest, 1983).

Vernonia condensata Baker (Boldo baiano ou alumã).

2.4.18 - Vernonia condensata Baker (Boldo baiano ou alumã).

2.4.18.1 - DESCRIÇÃO
Arbusto grande ou arvoreta, perene que cresce de 2 ou 5 m de altura, formando touceiras, pouco ramificada, de ramos quebradiços.
Folhas simples, opostas, inteiras, ovadas e oblongas, coriáceas, de 5 cm a 12 cm de comprimento de margens levemente onduladas no sentido dorsal.
Flores discretas, de coloração esbranquiçada, reunidas em pequenas panículas terminais e axilares de capítulos alongados. Florescimento discreto e ocorre no verão. Fruto aquênio ou drupa com papus constituído de cerdas finas, bisarriados, dispersos pelo vento.
Sabor amargo seguido de doce quando mastigado.

* A espécie Vernonia bahiensis é comumente usada pelas mesmas características.
(Lorenzi, H. et al., 2002; Almassy Júnior, A.A. et al., 2005; Pereira Pinto, J.E.B. et al., 2000).
** Ver fotos no anexo.

2.4.18.2 - USOS
Somente as folhas são utilizadas (Lorenzi, H. et al., 2002; Escola superior de agricultura “Luiz de Queiroz”, 2008).
a) Aperiente.
Tintura: colocar uma colher de folhas picadas para uma xícara de álcool neutro 70ºGL. Deixar macerar por 3 dias, tomar uma colher dissolvida em água antes das refeições (Paróquia Santuário São Leopoldo Mandic, 2008).



b) Ressaca alcoólica.
Maceração: 5 folhas em um copo d'água, tomar 2 a 3 vezes ao dia. Recomenda-se tomar antes e após ingestão de bebidas alcoólicas (Paróquia Santuário São Leopoldo Mandic, 2008; Unilavras, 2008).

c) Distúrbios do fígado, estômago, cole e diarréia alimentar.
Para estes males o seu chá é preparado com uma colher (sopa) de folhas secas picadas em uma xícara (chá) água fervente, ministrando na dose de uma xícara (café) em jejum e antes das principais refeições. (2)
Infusão: 5 folhas por litro de água, tomar pela manhã (para o fígado) ou após as refeições (contra diarréia) (Paróquia Santuário São Leopoldo Mandic, 2008; Unilavras, 2008).

d) Cole aguda, insuficiência hepática, gases intestinais, cálculos biliares, inapetência e alta taxa de colesterol no sangue.
Mistura com vinho preparada com 3 colheres (sopa) de suas folhas em uma garrafa de vinho seco e deixada em maceração durante 5 dias. Administrando-a na dose de 1 cálice 30 minutos antes das principais refeições (Lorenzi, H. et al., 2002).

e) Gases intestinais, colesterol com taxa alta, insuficiência hepática, colescistite aguda (inflamação da vesícula).
Em uma xícara (chá), coloque uma colher (sopa) de folhas picadas e adicione água fervente. Abafe por 10 minutos e coe. Tome uma xícara (chá) de manhã em jejum, e outra, 30 minutos antes das principais refeições (Escola superior de agricultura “Luiz de Queiroz”, 2008).


f) Colecistite e diarréia alimentar.
Coloque uma colher (sopa) folhas picadas em uma xícara (chá) de água em fervura. Deixe ferver por 3 minutos, espere esfriar e coe. Tome uma xícara (chá) quando sentir a dor. No caso da diarréia tome a mesma dosagem logo após a evacuação (Escola superior de agricultura “Luiz de Queiroz”, 2008).

g) Colecistite aguda, insuficiência hepática, gases intestinais, fluidificante do suco biliar, hepatoprotetor, cálculos biliares, colesterol com taxa alta, inapetência.
Coloque 3 colheres (sopa) de folhas fatiadas em uma garrafa de vinho branco seco. Deixe em maceração por 5 dias, agitando de vez em quando e coe. Tome 1 cálice 30 minutos antes das principais refeições (Escola superior de agricultura “Luiz de Queiroz”, 2008).

* As propriedades analgésicas e de proteção gástrica já tem comprovação científica (Escola superior de agricultura “Luiz de Queiroz”, 2008).

2.4.18.3 – TOXICIDADE E CUIDADOS NO USO
Toxidade: Não há referência na literatura consultada (Almassy Júnior, A.A. et al., 2005).
Não se aconselha o uso prolongado da planta (Paróquia Santuário São Leopoldo Mandic, 2008).

2.4.18.4 - CULTIVO
Planta amplamente cultivada em todo o leste e sudeste do Brasil (Lorenzi, H. et al., 2002; Escola superior de agricultura “Luiz de Queiroz”, 2008). É uma das plantas mais cultivadas em jardins e hortas brasileiras (Wikipedia, 2008).

PROPAGAÇÃO
Propaga-se por sementes e estacas caulinares (Pereira Pinto, J.E.B. et al., 2000; Lorenzi, H. et al., 2002; Almassy Júnior, A.A. et al., 2005; Unilavras, 2008).

PLANTIO
Época de chuvas (Almassy Júnior, A.A. et al., 2005).

CLIMA
Tem preferência por climas tropicais e subtropicais (Unilavras, 2008). Quente ou ameno (Almassy Júnior, A.A. et al., 2005). Quanto à exposição ao sol, à mesma deve ser plena (Unilavras, 2008).

SOLO
O solo pode ser seco, pobre em nutrientes, leve e bem drenado (Unilavras, 2008(Almassy Júnior, A.A. et al., 2005).

COLHEITA
A colheita das folhas deve ser feita quando a árvore estiver cheia, na medida da necessidade, ao longo do ano, de preferência antes do surgimento de flores. Já as raízes, podem ser colhidas em qualquer época do ano. (Unilavras, 2008; Almassy Júnior, A.A. et al., 2005; Escola superior de agricultura “Luiz de Queiroz”, 2008).

Solidago chilensis Meyen (Arnica-brasileira)

2.4.17 - Solidago chilensis Meyen (Arnica-brasileira)

2.4.17.1 - DESCRIÇÃO
Subarbusto ereto, perene, não ramificado, levemente aromático, entouceirado e rizomatoso. Medindo 80-120 cm de altura.
Folhas simples, alternas, quase sésseis, de 4-8 cm de comprimento. Ásperas ao tato.
Flores pequenas de cor amarela, reunidas em inflorescências escorpióides dispostas na extremidade dos ramos, conferindo ao conjunto o aspecto de uma grande panícula muito ornamental. Capítulos florais pequenos.

* De nome popular Arnica, aplicado a esta espécie pela similaridade de uso medicinal com a arnica-verdadeira (Arnica montana L.), nativa das regiões montanhosas da Europa, porém não é cultivada nem se desenvolve bem aqui no Brasil, ao contrário do que afirmam muitas publicações sobre plantas medicinais.
(Lorenzi, H. et al., 2002; Almassy Júnior, A.A. et al., 2005; Mattos, S. H. et al., 2006).
** Ver fotos no anexo.
2.4.17.2 - USOS
a) Torsões ou contusões.
Tintura: Colocar 20 g de flores e raízes em 100 g de álcool a 60 graus e deixar macerar por 10 dias. Filtrar e guardar em garrafa bem fechada. Antes de usar diluir o preparado em 1/2 litro de água. Aplicar sobre torsões ou contusões, desde que não haja ferida aberta (Ache tudo e região, 2008).

* É empregada externamente no tratamento de ferimentos, escoriações, traumatismos e contusões em substituição a arnica-verdadeira (Arnica montana L.) (Programa Municipal Fitoviva, 2008).

2.4.17.3 – TOXICIDADE E CUIDADOS NO USO
Por ser considerada tóxica, hemorrágica e abortiva seu uso interno só deve ser feito com estrita indicação e acompanhamento médico (Lorenzi, H. et al., 2002; Almassy Júnior, A.A. et al., 2005; Programa Municipal Fitoviva, 2008).

2.4.17.4 - CULTIVO
Originário da América do Sul, sendo, no Brasil, encontrada no Sul e Sudeste.
Planta de crescimento vigoroso é persistente em pastagens, beira de estradas e terrenos baldios em todo o sul e sudeste do Brasil, onde é considerada planta daninha (Lorenzi, H. et al., 2002; Almassy Júnior, A.A. et al., 2005). É também cultivada em hortas medicinais caseiras, inclusive na região nordeste do país (Lorenzi, H. et al., 2002).



PROPAGAÇÃO
Por sementes e principalmente pelos rizomas (Lorenzi, H. et al., 2002; Mattos, S. H. et al., 2006). Segundo Mattos, S. H. (et al., 2006) o mais usual é a propagação por estaquia. Utilizam-se estacas apicais, medianas e basais de 15 a 20 cm de comprimento para confecção das mudas, que devem ser transplantadas para o local definitivo com 30 dias ou plantio de estaca diretamente no solo.

PLANTIO
Planta-se o ano todo (Almassy Júnior, A.A. et al., 2005).

CLIMA
Tropical. Gosta de luz plena (Almassy Júnior, A.A. et al., 2005).

SOLO
Arenoso, levemente ácido e com húmus (Almassy Júnior, A.A. et al., 2005).

COLHEITA
Realiza-se no início da floração (Almassy Júnior, A.A. et al., 2005).

Ruta graveolens L. (Arruda)

2.4.16 - Ruta graveolens L. (Arruda)

2.4.16.1 - DESCRIÇÃO
Considerada sub-arbustiva ou herbácea, lenhosa, perene, aromático, rizomatoso que forma touceira e atinge até 1,5 m de altura.
Caule ereto, lenhoso na parte inferior e pouco ramificado.
Folhas alternas, pecioladas, carnudas, glabros, compostas, de folíolos fortemente aromáticos. De coloração acinzentada, verde-acinzentadas (verde-azulada), com menos de um centímetro de comprimento.
Flores pequenas, verde-amareladas, dispostas em corimbos terminais.
Frutos do tipo 5-locular. Produzem sementes pardas e rugosas.
(Lorenzi, H. et al., 2002; Almassy Júnior, A.A. et al., 2005; Pereira pinto, J.E.B. et al., 2000; Wikipedia, 2008; Jardim de Flores, 2008; Jardins e Plantas, ----?).

* Ver fotos no anexo.
2.4.16.2 - USOS
a) Formas nas quais pode ser utilizada no consumo humano.
- Sumo: Usa-se 3 gotas do sumo em uma gota de álcool. Pingar duas gotas em cada ouvido.
- Pó das folhas secas: 0,5 a 2g/dia;
- Extrato fluído: de 6 a 25 gotas, 2 a 3 vezes por dia;
- Tintura: 2 a 10ml/dia;
- Xarope: 10 a 40ml/dia;
- Essência: 1 a 7 gotas/dia.
(Oliveira, A. L. T. T. L. de, 2006).

b) Inflamação nos olhos.
Decocção: Uma colher (de sopa) de folhas frescas moída para uma xícara de água. Lavar os olhos 3 vezes ao dia. (Pereira Pinto, J.E.B. et al., 2000).

c) Vermífugo Picar duas folhas e colocá-las em 100ml de álcool de cereais dentro de um vidro de cor âmbar. Depois de 9 dias, tomar 6 gotas da tintura em uma colher de sopa de água a noite antes de dormir, durante 10 dias (Escola superior de agricultura “Luiz de Queiroz”, 2008; Oliveira, A. L. T. T. L. de, 2006).
Clister: cozinhar 8 a 10g de folhas por litro de água. Aplicar no intestino. combate vermes, parasitas intestinais (Oliveira, A. L. T. T. L. de, 2006). Azeite: 20g de folhas frescas/litro de azeite. Administrar 2 a 3 colheres de chá por dia (vermes, reumatismo).

d) Dores reumáticas
Azeite: 20g de folhas frescas/litro de azeite. Administrar 2 a 3 colheres das de chá por dia: vermes, reumatismo.
Como uso tópico, o azeite de arruda, obtido com o cozimento da planta, é aplicado para aliviar dores reumáticas (Oliveira, A. L. T. T. L. de, 2006).

e) Piolho.
Infusão: folhas picadas (Duas xícaras de café) em 500 ml de água, coar, esfriar e lavar a cabeça diariamente por 3 dias (Pereira Pinto, J.E.B. et al., 2000).
Lavar a cabeça duas vezes ao dia com o chá morno (20 g para cada litro de água). Enxaguar com xampu ou sabonete (Escola superior de agricultura “Luiz de Queiroz”, 2008; Oliveira, A. L. T. T. L. de, 2006).

f) Parasitas, piolhos e lêndeas.
Socar em um pilão 4 folhas de Arruda. Juntar com um copo de vinagre branco, uma colherinha de sal marinho e deixar em maceração por 3 dias. Coar e aplicar o líquido no couro cabeludo com um chumaço de algodão. Deixar agir por duas horas sem se expor ao sol para evitar queimaduras. Lavar os cabelos como de costume e repetir este processo três vezes na semana (Escola superior de agricultura “Luiz de Queiroz”, 2008; Oliveira, A. L. T. T. L. de, 2006).

g) Sarna.
Chá das folhas (20 g para um litro de água). Tomar 3 xícaras ao dia (Escola superior de agricultura “Luiz de Queiroz”, 2008; Oliveira, A. L. T. T. L. de, 2006).
Infusão: folhas secas picadas (um copo) em um litro de álcool. Deixar em repouso por 3 dias e coar. Diluir 50 %, e aplicar na área afetada (Pereira Pinto, J.E.B. et al., 2000; Escola superior de agricultura “Luiz de Queiroz”, 2008).
Um copo de folhas frescas picadas em um litro de álcool. Deixar por uma semana: passar no local afetado pela sarna (Oliveira, A. L. T. T. L. de, 2006).
h) Conjuntivite Decocção de duas colheres das de sopa de folhas em meio litro de água por 5 minutos. Uso externo. Coar, esperar amornar e aplicar compressas de algodão várias vezes ao dia sobre os olhos (Escola superior de agricultura “Luiz de Queiroz”, 2008; Oliveira, A. L. T. T. L. de, 2006).
Macerar as folhas e deixá-las de molho durante 4 horas. Lavar os olhos com água de arruda (Escola superior de agricultura “Luiz de Queiroz”, 2008; Oliveira, A. L. T. T. L. de, 2006). Decocção de 100g da planta fresca em meio litro de água. Uso externo: lavar os olhos: quando estiver com conjuntivite (Oliveira, A. L. T. T. L. de, 2006).

i) Estresse (esgotamento).
Chá das folhas (l5 g para um litro de água). Tomar duas xícaras ao dia. (Oliveira, A. L. T. T. L. de, 2006).

j) Repelente.
Queimar a parte aérea, em forma de defumação (Pereira Pinto, J.E.B. et al., 2000).

k) Calmantes
Suas folhas são utilizadas como chá com fins calmantes. Na forma de infusão (20 gramas para um litro de água) (Wikipedia, 2008).



l) Dor de cabeça
Folhas frescas, dispostas sobre a testa, aliviam a dor de cabeça (Ache tudo e região, 2008).

m) Amenorréia (ausência do fluxo menstrual fora do período de gravidez) Chá das folhas (5 g para um litro de água). Tomar uma xícara ao dia (Escola superior de agricultura “Luiz de Queiroz”, 2008; Oliveira, A. L. T. T. L. de, 2006).

n) Normalizar o ciclo menstrual Socar em um pilão duas folhas grandes de Arruda e adicionar uma xícara de chá de água. Deixar em maceração por uma noite e coar no dia seguinte. Tomar em jejum durante os oito dias que antecedem a menstruação (Escola superior de agricultura “Luiz de Queiroz”, 2008; Oliveira, A. L. T. T. L. de, 2006).
* Uma crença popular de raiz africana, remontando aos tempos coloniais, dita que os homens usem um pequeno galho de folhas por cima de uma orelha, ou que um galho das mesmas seja mantida no ambiente, para espantar maus espíritos (Wikipedia, 2008).

2.4.16.3 – TOXICIDADE E CUIDADOS NO USO
O emprego desta planta, tanto por via oral como por via tópica, deve se revestir de bastante cuidado, por causa de suas ações tóxicas sobre o útero, provocando hemorragia e, sobre a pele, que sensibilizada pelas furanocumarinas pode sofrer severas queimaduras quando expostas ao sol (Lorenzi, H. et al., 2002).
Deve ser ministrada com cuidado quando em uso interno, pois pode provocar hemorragias e complicações mais graves. Por ser abortiva, não se recomenda seu uso na gravidez. Quanto ao uso externo, não se aconselha sair ao sol após sua aplicação, já que pode provocar queimaduras graves (Almassy Júnior, A.A. et al., 2005).
Deve ser usada com bastante cuidado, posto que, é venenosa e abortiva (Pereira Pinto, J.E.B. et al., 2000).
Repelente de insetos e ratos, a planta não deve ser ingerida, pois é altamente tóxica. Causa confusão mental, convulsões e dores violentas nos intestinos. Seu uso deve ser restrito ao externo sob forma de cataplasmas para pernas varicosas, ou alívio de dores de ciática (aplicar no local diretamente, passando antes óleo para não irritar a pele) (Ache tudo e região, 2008; Escola superior de agricultura “Luiz de Queiroz”, 2008).
Doses elevadas do chá podem causar vertigens, tremores, gastroenterites, convulsões, hemorragia e aborto, hiperemia dos órgãos respiratórios, vômitos, salivações, edema na língua, dores abdominais, náuseas e vômitos, secura na garganta, dores epigástricas, cólicas, arrefecimento da pele, depressão do pulso, contração da pupila e sonolência (Escola superior de agricultura “Luiz de Queiroz”, 2008).
Pode causar fitodermatites, através de um mecanismo fototóxico que torna a pele sensível à luz solar. Nas mulheres pode levar a hemorragias graves do útero (Escola superior de agricultura “Luiz de Queiroz”, 2008).
Apesar das propriedades medicinais conhecidas há séculos, o uso interno desta planta é desaconselhado pois, em grande quantidade, a arruda pode causar hiperemia (abundância de sangue) dos órgãos respiratórios, vômitos, sonolência e convulsões. O efeito considerado “anticoncepcional” na verdade é abortivo (Oliveira, A. L. T. T. L. de, 2006).



2.4.16.4 - CULTIVO
É originário da Europa meridional e cultivada em vários países como no Brasil e especialmente na Europa oriental, como planta medicinal (Lorenzi, H. et al., 2002; Jardins e Plantas, ----?).
É cultivada em todo o mundo, sendo considerada planta cosmopolita. No Brasil, desenvolve-se melhor no sul/sudeste, ou regiões de altitude, onde as temperaturas são mais amenas (Almassy Júnior, A.A. et al., 2005).
Trata-se de uma planta muito resistente que, se atendidas suas necessidades básicas de cultivo, dificilmente apresentará problemas (Oliveira, A. L. T. T. L. de, 2006).

PROPAGAÇÃO
Através de sementes e estacas. A maneira mais comum de plantá-la é através de ramos enraizados (estacas). (Almassy Júnior, A.A. et al., 2005; Pereira Pinto, J.E.B. et al., 2000; Afitema, 2007; Oliveira, A. L. T. T. L. de, 2006; Corrêa Junior, C. et al., 2006).
Procure na vizinhança um pé de arruda e escolha um galho forte e sem flores, ou ainda um ramo bem desenvolvido de uma planta já podada. Lasque o ramo e traga junto um pedacinho da planta-mãe. Delicadamente, corte a pontinha desse ramo e as folhas de sua base. Plante o mais breve possível após a retirada do ramo, a cinco centímetros de profundidade, num vaso ou canteiro (Guia Rural, 1990).

PLANTIO
A melhor época para de plantio é começo de verão ou fim da primavera (Oliveira, A. L. T. T. L. de, 2006).


CLIMA
Não é exigente quanto ao clima (Almassy Júnior, A.A. et al., 2005; Pereira Pinto, J.E.B. et al., 2000; Afitema, 2007).
Necessita de sol pleno pelo menos algumas horas por dia. (8(Oliveira, A. L. T. T. L. de, 2006). Aconselha-se sombreamento parcial das plantas (Almassy Júnior, A.A. et al., 2005).

SOLO
Não é exigente quanto ao solo (Guia Rural, 1990). Desenvolve em solos pobres, pedregosos e ligeiramente alcalinos (Almassy Júnior, A.A. et al., 2005; Oliveira, A. L. T. T. L. de, 2006).
Desenvolve-se melhor em solos ricos em matéria orgânica e bem drenados (Pereira Pinto, J.E.B. et al., 2000; Ache tudo e região, 2008; Afitema, 2007; Oliveira, A. L. T. T. L. de, 2006).

COLHEITA
As folhas começam a ser colhidas cerca de 4 a 8 meses depois do plantio (Guia Rural, 1990; Almassy Júnior, A.A. et al., 2005; Oliveira, A. L. T. T. L. de, 2006). A melhor época para colheita é dezembro e abril/maio (Oliveira, A. L. T. T. L. de, 2006).
Colhem-se os ramos com folhas verdes (existe a arruda "macho" e a "fêmea" de folhas menores) (Afitema, 2007). Para que o principio ativo esteja nas folhas é necessário colher antes da floração, quando começa a flor, se passar dessa época, o principio ativo estará menos na folha e maior na semente, depende qual a finalidade do medicamento (Oliveira, A. L. T. T. L. de, 2006).
Seu manuseio pode provocar alergia (Corrêa Junior, C. et al., 2006).


PRAGAS E DOENÇAS
Pode ser atacada por pulgões (Corrêa Junior, C. et al., 2006).


OUTRAS INFORMAÇÕES
Quando estiver alta ou muito lenhosa pode ser podada, mas muito cuidado com sua seiva, pois em contato com a pele, pode causar erupções (Oliveira, A. L. T. T. L. de, 2006).

Plectranthus barbatus Andrews (Boldo-brasileiro).

2.4.15 - Plectranthus barbatus Andrews (Boldo-brasileiro).

2.4.15.1 - DESCRIÇÃO
Planta herbácea ou subarbustiva, perene e aromática. Ereta, quando jovem e decumbente após 1-2 anos. Pouco ramificada, de até 1,5 m de altura.
Folhas opostas, simples, ovaladas de bordos denteadas, pilosas, medindo 5 a 8 cm de comprimento. Flexíveis mesmo quando secas, sendo mais espessas e suculentas quando frescas.
Flores azuis, dispostas em inflorescências racemos-apicais. Não floresce nas condições de Nordeste, exceto nas serras úmidas.
Possui sabor amargo e odor característico.
*Esta planta parece com o malvariço (Plectranthus amboinicus) que tem propriedades bem diferentes, mas pode ser facilmente reconhecida pelo seu sabor amargo, ausente nos talos, cheiro diferente do malvariço e por possuir folhas macias e dobráveis.
** Sinonímia do Coleus barbatus.
(Lorenzi, H. et al., 2002; Almassy Júnior, A.A. et al., 2005; Mattos, S. H. et al., 2006).
* Ver fotos no anexo.
2.4.15.2 - USOS
a) Gastrite, na dispepsia, azia, mal estar gástrico (estômago embrulhado), ressaca e como amargo estimulante da digestão e do apetite.
Infusão: usa-se o chá ou o extrato aquoso feito de preferência com a folha fresca. O chá é do tipo abafado (infuso), feito com 3 ou 4 folhas com água fervente em quantidade bastante para uma xícara das médias. Toma-se uma a três xícaras do chá, adoçado ou não, opcionalmente (Lorenzi, H. et al., 2002).

b) Afecções hepáticas (hepatite, cólicas, congestões,etc.), dispepsias ,flatulência, obstipação, afecções gástricas, inapetência, cálculos biliares, debilidade orgânica.
Infusão: o chá é feito por infusão de uma a três folhas secas por xícara grande de água fervente. Tomar de uma a três xícaras de chá ao dia (Escola superior de agricultura “Luiz de Queiroz”, 2008; Programa Municipal Fitoviva, 2008).

c) Afecções hepáticas e vesiculares, e influenciando, assim, beneficamente a digestão:
Chá por decocção, dosagem normal. Sumo: amassar duas folhas em um copo e completar com água. Tomar duas a três vezes ao dia (Unilavras, 2008).

d) Insônia.
Decocção: chá por decocção, sob a forma de banhos, age como tranqüilizante e proporciona sono reparador (Escola superior de agricultura “Luiz de Queiroz”, 2008; Unilavras, 2008).



e) Tônico para o fígado.
Coloque para ferver uma xícara (chá) de água filtrada, uma colher (sobremesa) de boldo e uma colher (sobremesa) de carqueja (Baccharis trimera). Desligue o fogo e abafe durante 10 minutos e coe. Não tomar mais de 3 xícaras por dia (Jardim de Flores, 2008).

f) Infuso hepático. Ferva uma xícara (chá) de água filtrada e desligue o fogo. Coloque imediatamente uma colher (sobremesa) de boldo, uma colher (sobremesa) de losna e uma colher (sobremesa) de menta. Abafe por 10 minutos e coe. Ideal é consumir uma xícara antes das principais refeições, para tratar males do fígado e vesícula (Jardim de Flores, 2008).

2.4.15.3 – TOXICIDADE E CUIDADOS NO USO
Grandes doses ou uso prolongado causam irritação gastrointestinal e elevação da pressão arterial (Programa Municipal Fitoviva, 2008; Almassy Júnior, A.A. et al., 2005; Escola superior de agricultura “Luiz de Queiroz”, 2008).

2.4.15.4 - CULTIVO
É originária da Índia e é muito resistente, sendo cultivada em vários estados do Brasil, desde o Rio Grande do Sul até o Amazonas (Lorenzi, H. et al., 2002; Almassy Júnior, A.A. et al., 2005; Jardim de Flores, 2008).

PROPAGAÇÃO
Propaga-se, facilmente, por meio de estacas retiradas da planta-matriz (Unilavras, 2008; Jardim de Flores, 2008; Almassy Júnior, A.A. et al., 2005; Mattos, S. H. et al., 2006). Utiliza-se de estacas semilenhosas com 20 cm de comprimento (Mattos, S. H. et al., 2006).
As mudas são transplantadas após 30 dias para o local definitivo (Mattos, S. H. et al., 2006).

PLANTIO
O ano todo (Almassy Júnior, A.A. et al., 2005). Para o cultivo em vasos ou jardineiras, é preciso garantir pelo menos 30 cm de profundidade (Jardim de Flores, 2008).

CLIMA
Tropical. Desenvolve-se melhor a pleno sol. Não se desenvolve bem em locais muito sombreados, comprometendo a produção (Jardim de Flores, 2008; Almassy Júnior, A.A. et al., 2005).
Sensível apenas às geadas (Jardim de Flores, 2008).
Durante o período de crescimento ativo regue abundantemente sempre que necessário para manter a mistura completamente úmida, mas nunca deixe o vaso em água. Durante o período de repouso regue apenas o indispensável para impedir que a mistura seque (Kindersley, D., 1984).

SOLO
Adapta-se a uma variedade de solos. Não tolera solos encharcados (Almassy Júnior, A.A. et al., 2005).
Não é exigente quanto a solos (Unilavras, 2008). Recomenda-se a aplicação de 10 Kg/m2 de esterco bovino curtido (Mattos, S. H. et al., 2006).



COLHEITA
As folhas já podem ser colhidas poucos meses após o plantio, colhendo-as a partir de 120 dias (Mattos, S. H. et al., 2006; Unilavras, 2008).
Como as folhas são as partes utilizadas com finalidades medicinais, o ideal é fazer a poda das inflorescências (pendões florais), um pouco antes da colheita, para obter uma planta volumosa e, também, por que durante a floração, as folhas perdem parte de suas propriedades terapêuticas, por isso devem ser colhidas antes desse período. (Jardim de Flores, 2008; Unilavras, 2008).

OUTRAS INFORMAÇÕES
Seu ciclo vegetativo no Nordeste é de 175 dias (Mattos, S. H. et al., 2006).

Plectranthus amboinicus (Lour.) Spreng (Hortelã-graúda, malvariço).

2.4.14 - Plectranthus amboinicus (Lour.) Spreng (Hortelã-graúda, malvariço).

2.4.14.1 - DESCRIÇÃO
Erva grande perene, ereta, tomentosa, semicarnosa e aromática. De 0,40 m a 1 m de altura.
Folhas deltóide-ovais, com disposição oposta-cruzada, de base truncada e margem dentada, com nervuras salientes no dorso, medindo 4-10 cm de comprimento.
Flores azulado-claras ou róseas, em longos racemos interrompidos. Não floresce nas condições edafoclimáticas do Nordeste, excetuando-se as serras úmidas.

*Parece muito com a malva-santa (P. barbatus Andr.) da qual difere por possuir folhas não flexíveis, quebradiças e sem o sabor amargo próprio desta última.
(Mattos, S. H. et al., 2006; Lorenzi, H. et al., 2002; Almassy Júnior, A.A. et al., 2005).
** Ver fotos no anexo.

2.4.14.2 - USOS
a) Tosse ou dor de garganta.
Xarope: preparado aquecendo-se 30 a 40 folhas frescas diretamente com chama baixa com um copo de açúcar disposto em camadas alternadas até tornar líquida toda esta mistura, ao qual pode-se adicionar enquanto quente, o cozimento (decocto) chambá (Justicia pectoralis) feito com meia xícara das folhas picadas, o que melhora sua eficácia. (Lorenzi, H. et al., 2002).
Toma-se o xarope na dose de uma ou duas colheres das de sopa três vezes ao dia. (Lorenzi, H. et al., 2002).
As folhas inteiras podem ser usadas uma a uma, até seis por dia (Lorenzi, H. et al., 2002).

b) Resfriados, gripes, tosses com catarro, bronquite.
Infusão: Cinco gramas de folhas frescas em uma xícara de chá de água fervente. Tomar uma xícara três vezes ao dia (Programa Municipal Fitoviva, 2008).
Bochecho e gargarejo: usar a infusão duas a três vezes ao dia (Programa Municipal Fitoviva, 2008).
Xarope: Usar 200g de hortelã graúda em um litro de água e 1,8 kg de açúcar ou rapadura. Adulto: uma colher de sopa três vezes ao dia. Criança: uma colher de chá três vezes ao dia (Programa Municipal Fitoviva, 2008).
Inalação: Usar de 5 a 8 folhas em meio litro de água. Três vezes ao dia. (Programa Municipal Fitoviva, 2008).

2.4.14.3 – TOXICIDADE E CUIDADOS NO USO
Várias plantas são denominadas hortelã-pimenta. Tomar cuidado na identificação (Lorenzi, H. et al., 2002).
Não há referência na literatura consultada (Almassy Júnior, A.A. et al., 2005).
Em altas doses pode causar irritação na mucosa gástrica, amigdalite, gengivite, estomatite, dor de ouvido (Programa Municipal Fitoviva, 2008).

2.4.14.4 – CULTIVO
Originária da Nova Guiné e cultivada em todos os paises tropicais e subtropicais, inclusive no Brasil em hortas caseiras para fins medicinais (Lorenzi, H. et al., 2002; Almassy Júnior, A.A. et al., 2005).

PROPAGAÇÃO
Facilmente multiplicada por estaquia. (Lorenzi, H. et al., 2002; Almassy Júnior, A.A. et al., 2005; Mattos, S. H. et al., 2006). Utiliza-se de estacas semilenhosas com 20 cm de comprimento. Mudas são transplantadas com 30 dias para o local definitivo (Mattos, S. H. et al., 2006).

PLANTIO
O ano todo (Almassy Júnior, A.A. et al., 2005).

CLIMA
Ameno, sendo cultivada em todos os paises tropicais e subtropicais (Lorenzi, H. et al., 2002; Almassy Júnior, A.A. et al., 2005). Durante o período de crescimento ativo regue abundantemente sempre que necessário para manter a mistura completamente úmida, mas nunca deixe o vaso em água. Durante o período de repouso regue apenas o indispensável para impedir que a mistura seque (Kindersley, D., 1984).

SOLO
Arejado e rico em matéria orgânica (Almassy Júnior, A.A. et al., 2005). Recomenda-se aplicar 10 Kg de esterco bovino curtido por metro quadrado de área (Mattos, S. H. et al., 2006).

COLHEITA
Deve-se colher as folhas a partir de 120 dias. (Almassy Júnior, A.A. et al., 2005; Mattos, S. H. et al., 2006).



OUTRAS INFORMAÇÕES
Deve ser regularmente despontado, para incentivar a ramificação e para que os lançamentos se apresentem mais densos (Kindersley, D., 1984).
Apesar de perene, exige replantio a cada ano em novo local (Lorenzi, H. et al., 2002; Almassy Júnior, A.A. et al., 2005) O ciclo vegetativo no Nordeste é de aproximadamente 175 dias; a partir deste período, as folhas começam a amarelecer e diminuem o número de ramos da planta (Mattos, S. H. et al., 2006).

Plantago major L. (Tanchagem).

2.4.13 - Plantago major L. (Tanchagem).

2.4.13.1 - DESCRIÇÃO
Planta herbácea, de pequeno porte, bianual ou perene. Ereta e acaule, com 15 a 30 cm de altura.
Folhas dispostas em forma de ramalhetes, radiciais, pecíolos longos, bordos levemente recortados e ondulados. De forma ovalar, percorridas por nervuras curvilíneas, pronunciadas na face superior e ainda mais na basal. Cor verde-cana pálida.
Flores pequenas dispostas em inflorescências espigadas, eretas sobre haste floral de 20-30 cm de comprimento. Cor branco-amareladas, com ráquis atingindo até 0,40 m.
Frutos (sementes) são facilmente colhidos, raspando-se entre os dedos toda a inflorescência. Frutos do tipo cápsula.
Raiz fasciculada.

* Há outras espécies, como a P. lanceolata L. e a P. media L. que fazem parte do grupo das tanchagens comuns e possuem propriedades idênticas.
(Lorenzi, H. et al., 2002; Almassy Júnior, A.A. et al., 2005; Pereira Pinto, J.E.B. et al., 2000; Selecções do reader’s digest, 1983).
** Ver fotos no anexo.

2.4.13.2 – USOS
a) Laxante suave e depurativo.
A literatura etnofarmacológica recomenda tomar, em jejum, o chá de suas sementes, preparado adicionando-se água fervente em um copo contendo uma colher (sopa) de sementes e deixadas em maceração durante a noite. No dia seguinte, em jejum, tomar o copo (Lorenzi, H. et al., 2002; Escola superior de agricultura “Luiz de Queiroz”, 2008).

b) Contra afecções da pele (acnes e espinhas).
Faz-se aplicação localizada sobre a área afetada, com chumaço de algodão embebido em seu chá, preparado com duas colheres (sopa) de folhas picadas em um copo de água. Ferver durante 15 minutos e adicionar uma colher (sopa) de mel (Lorenzi, H. et al., 2002).
c) Contra amigdalite, faringite, gengivite, estomatite, traqueite e como desintoxicante das vias respiratórias de fumantes.
Gargarejo de seu chá, 2-3 vezes ao dia, preparado adicionando-se água fervente a uma xícara (chá) contendo duas colheres (sopa) de folhas picadas (Lorenzi, H. et al., 2002).

d) Tosse, bronquite e catarros.
Infusão da folha seca: 10g em um litro de água fervente. Beber uma xícara 3 vezes ao dia (Pereira Pinto, J.E.B. et al., 2000).

e) Infecções bucofaringeanas e problemas gastrintestinais.
Infusão: Uma xícara de cafezinho de folhas frescas picadas em 1/2 litro de água, tomar uma xícara de chá a cada 6 horas para infecções bucofaringeanas e uma xícara a cada 8 horas para problemas gastrintestinais (Escola superior de agricultura “Luiz de Queiroz”, 2008).

f) Cicatrizante
Cataplasma: colocar as folhas frescas amassadas sobre feridas para favorecer a cicatrização (Escola superior de agricultura “Luiz de Queiroz”, 2008).

2.4.13.3 – TOXICIDADE E CUIDADOS NO USO
Não é recomendada a gestantes, por ter ação abortiva (Almassy Júnior, A.A. et al., 2005).
Considerado a falta de toxicidade de doses de até 25 g da planta por litro de água (Lorenzi, H. et al., 2002).


2.4.13.4 - CULTIVO
Cresce espontaneamente em terrenos baldios e lavouras perenes (pomares) do sul do Brasil, onde é considerada planta daninha (Lorenzi, H. et al., 2002; Cruz, G. L., 1965).
Nasce em beiras de caminho, áreas de pastagens, terrenos cultivados em locais sombreados e úmidos. Está sempre nas imediações de casas (Almassy Júnior, A.A. et al., 2005; Guia Rural, 1990). Como cresce espontaneamente em toda parte, a tanchagem não costuma ser cultivada (Escola superior de agricultura “Luiz de Queiroz”, 2008).

PROPAGAÇÃO
Apenas por sementes (Lorenzi, H. et al., 2002; Almassy Júnior, A.A. et al., 2005; Pereira Pinto, J.E.B. et al., 2000; Guia Rural, 1990; Escola superior de agricultura “Luiz de Queiroz”, 2008; Corrêa Junior, C. et al., 2006). Segundo Afitema (2007) pode ser propagado também por mudas do rizoma.

PLANTIO
Fim do outono (Almassy Júnior, A.A. et al., 2005). Cresce melhor em áreas abertas, como terrenos cultivados e pastagens (Guia Rural, 1990).

CLIMA
Temperado (Almassy Júnior, A.A. et al., 2005; Guia Rural, 1990; Cruz, G. L., 1965).
Prefere terrenos úmidos (Guia Rural, 1990; Cruz, G. L., 1965).

SOLO
Arenoso, rico em matéria orgânica e com boa umidade. (Almassy Júnior, A.A. et al., 2005 Pereira Pinto, J.E.B. et al., 2000).
Comum em planícies e terrenos incultos (rude, agreste, árido), úmidos e sobretudo calcários (Cunha, A. P. da, 2003).

COLHEITA
Inicia-se a colheita 3 meses após plantio (Almassy Júnior, A.A. et al., 2005). As folhas são colhidas no verão, quando atingem um bom desenvolvimento (Guia Rural, 1990). Para uso terapêutico a planta deve ser coletada depois de bem desenvolvida, em meados do verão. Seca à sombra e em local arejado (Escola superior de agricultura “Luiz de Queiroz”, 2008).
As folhas podem ser colhidas durante 10 meses por ano e utilizadas frescas em saladas ou sopas, e secas para fins medicinais (Selecções do reader’s digest, 1983). Realiza-se de 2-3 colheitas por ano (Corrêa Junior, C. et al., 2006).

PRAGAS E DOENÇAS
Pode ser atacada por doenças fúngicas (Uromices e Alternaria) (Corrêa Junior, C. et al., 2006).

Phyllanthus niruri L. (Quebra-pedra).

2.4.12 - Phyllanthus niruri L. (Quebra-pedra).

2.4.12.1 - DESCRIÇÃO
Planta anual herbácea atinge 10 a 80 cm de altura, de haste ereta, fina com poucos ramos alternos. Ramificada horizontalmente.
Folhas simples, membranáceas, ovais, alternas e pequenas (miúdas), simulando a folíolos de uma folha imparipenada. Medem até um centímetro de comprimento e dispostos nos ramos parecendo uma folha composta.
Flores amarelo-esverdeadas, diminutas, inseridas nas axilas das folhas, mas viradas para baixo, dióicas e curto pediceladas nos dois sexos.
Fruto seco, esquizocarpo, com duas sementes em cada lóculo. Do tipo cápsula com aproximadamente um milímetro de diâmetro, muito procurados pelos pássaros.
Sementes retorcidas no sentido longitudinal, com estrias transversais.
Raízes em forma de cabeleira.

* A característica marcante dessa espécie é a borda paralela da folha e a espécie corcovadensis é arredondada.
(Matos, F.J.A., 1994; Lorenzi, H. et al., 2002; Almassy Júnior, A.A. et al., 2005; Pereira Pinto, J.E.B. et al., 2000; Jardim de Flores, 2008).

* * Ver fotos no anexo.


2.4.12.2 - USOS
a) Relaxamento dos ureteres.
Decocção: Duas plantas inteiras em 1/2 litro de água, tomar várias vezes ao dia, suspender por duas semanas o uso do decocto após 10 dias de uso contínuo (Escola superior de agricultura “Luiz de Queiroz”, 2008; Paróquia Santuário São Leopoldo Mandic, 2008; Programa Municipal Fitoviva, 2008).

b) Eliminação de cálculos renais.
Cozimento: 5 g de planta contundida para meio litro de água. Tomar 2 a 3 xícaras por dia (Cunha, A. P. da, 2003).
Para eliminação dos cálculos renais, tomar o cozimento à vontade durante o dia, pelo menos por 3 semanas (Cunha, A. P. da, 2003).

c) Uso geral
Infusão: Uma xícara de cafezinho da planta fresca picada em meio litro de água, tomar uma xícara de chá 6 vezes ao dia. (Escola superior de agricultura “Luiz de Queiroz”, 2008; Paróquia Santuário São Leopoldo Mandic, 2008; Programa Municipal Fitoviva, 2008).

*Pesquisas científicas já comprovaram as propriedades da planta. Indicada para tratar cálculos renais (Jardim de Flores, 2008).

2.4.12.3 – TOXICIDADE E CUIDADOS NO USO
Por causa da potencial ação tóxica do alcalóide, não se deve ultrapassar as doses recomendadas e, embora se tenha determinado nesta planta uma atividade protetora dos hepatócitos, é conveniente interromper o uso do chá por uma semana após cada período de três, nos tratamentos demorados (Lorenzi, H. et al., 2002).
Segundo o Programa Municipal Fitoviva (2008) não é conveniente utilizar por tempo prolongado, sendo mais adequado interromper o uso por duas semanas após cada período de dez dias de tratamento.
Em doses altas e freqüentes, pode provocar aborto e ser purgativa, sendo contra indicado no período da gravidez (Almassy Júnior, A.A. et al., 2005). (Almassy Júnior, A.A. et al., 2005; Ache tudo e região, 2008; Escola superior de agricultura “Luiz de Queiroz”, 2008; Programa Municipal Fitoviva, 2008).

2.4.12.4 - CULTIVO
Planta muito popular em nosso país, vegetando abundantemente, em especial, no Estado de Minas Gerais, onde é encontrada em hortas (Cruz, G. L., 1965). Cresce especialmente durante o período da estação chuvosa em todo tipo de solo, sendo comum sua ocorrência nas fendas de calçadas, terrenos baldios, campos, quintais e jardins, em todos os estados brasileiros e em quase todas as regiões tropicais (Matos, F.J.A., 1994; Lorenzi, H. et al., 2002; Jardim de Flores, 2008).
Por se tratar de uma planta rústica, seu cultivo é muito fácil (Jardim de Flores, 2008).

PROPAGAÇÃO
Propaga-se por sementes (Almassy Júnior, A.A. et al., 2005; Corrêa Junior, C. et al., 2006; Pereira Pinto, J.E.B. et al., 2000) e microestacas (Pereira Pinto, J.E.B. et al., 2000).

PLANTIO
Realizado o ano todo (Almassy Júnior, A.A. et al., 2005).


CLIMA
Subtropical. Prefere locais de meia sombra, como pomares, viveiros, jardins, hortas e quintais (Almassy Júnior, A.A. et al., 2005).
Aceita plena iluminação, mas desenvolve-se bem em ambiente à meia-sombra, sem muita luz solar direta (Jardins e Plantas, ----?; Jardim de Flores, 2008). Não vai bem em temperatura abaixo de 15ºC (Jardins e Plantas, ----?).

SOLO
Pouco exigente em relação ao tipo de solo, ocorrendo mesmo em frestas de pedras (Almassy Júnior, A.A. et al., 2005; Pereira Pinto, J.E.B. et al., 2000; Jardins e Plantas, ----?).
É recomendável que o solo tenda mais para o arenoso do que para o argiloso. A planta responde bem à adubação orgânica e não suporta solo encharcado, por isso, no cultivo em vasos ou jardineiras é preciso ter muito cuidado com o excesso de água, apesar da planta ter preferência por locais úmidos (Almassy Júnior, A.A. et al., 2005; Pereira Pinto, J.E.B. et al., 2000; Jardins e Plantas, ----?; Jardim de Flores, 2008).

PRAGAS E DOENÇAS
Frequentemente atacada por formigas (Corrêa Junior, C. et al., 2006).

COLHEITA
Inicia-se 2 a 3 meses após o plantio (Almassy Júnior, A.A. et al., 2005). Por ser uma planta de ocorrência em fendas de calçadas, terrenos baldios, campos, quintais e jardins, ou seja, locais mais sujeitos a contaminações e poluições, deve-se tomar cuidado com o local da colheita do material a ser utilizado (Pereira Pinto, J. E. B. et al., 2001).

Passiflora edulis Sims. (Maracujá).

2.4.11 - Passiflora edulis Sims. (Maracujá).

2.4.11.1 - DESCRIÇÃO
Trepadeira vigorosa com gavinhas. Perene e lenhosa.
Folhas alternas, trilobadas, com duas pequenas glândulas nectaríferas na base do limbo, próximas a inserção do curto pecíolo.
Flores perfumadas, de cor branca, sendo azul-violeta na parte interna nas pétalas e roxa na corona (conjunto de filamentos da base dos órgãos sexuais).
(Matos, F.J.A., 1994; Lorenzi, H. et al., 2002; Almassy Júnior, A.A. et al., 2005).

* Ver fotos no anexo.




2.4.11.2 - USOS
a) Calmante útil no tratamento de manifestações nervosas, inquietação, irritação freqüente e insônia.
As folhas são usadas na forma de chá na dose de 4 a 6g por xícara. Toma-se uma ou duas xícaras por dia, de preferência à noite (Matos, F.J.A., 1994).
O chá utilizado é do tipo cozimento (decocto) e para prepará-lo, põe-se a ferver em recipiente descoberto 3-4 folhas frescas (10 g) bem picadas, ou 3-5 g do pó de folhas dessecadas, em água suficiente para uma xícara (150 ml); toma-se uma xícara à noite para induzir o sono ou duas a três xícaras ao dia como tranqüilizante, por períodos nunca superiores a uma semana (Lorenzi, H. et al., 2002).
Suco do fruto: dois a três maracujás em um litro de água. Tomar um ou dois copos por dia (Programa Municipal Fitoviva, 2008). Acredita-se que o fruto possua propriedades calmantes (Wikipedia, 2008).
Infuso: quatro a seis gramas de folhas verdes em uma xícara de água fervente, tomar uma ou duas xícaras por dia, de preferência à noite (Programa Municipal Fitoviva, 2008).
Tintura: 100g de folhas frescas em 500 ml de álcool puro. Tomar uma xícara (chá) ao dia (Programa Municipal Fitoviva, 2008).

b) Tratamento de Diabetes
Pegue o maracujá corte-o, use apenas a casca, coloque-o no forno asse-o em forno médio depois triture-o em um liquidificador até que vire um pó, tome uma colherinha de chá misturado ao suco ou nas refeições três vezes ao dia. Pode ser no café da manhã, almoço e jantar, não esqueça de estar sempre acompanhado de um profissional na área (Ache tudo e região, 2008).

*Os efeitos calmantes da planta, especialmente em quadros insones e ansiosos, foram confirmados pelo Ministério da Saúde. (Escola superior de agricultura “Luiz de Queiroz”, 2008).

2.4.11.3 – TOXICIDADE E CUIDADOS NO USO
Por causa do risco de intoxicação não se deve ultrapassar a dose indicada e o tratamento deve ser feito durante poucos dias (Matos, F.J.A., 1994).
Um constituinte cuja presença foi determinada por sua análise fitoquímica é a cardioespermina, um glicosídio cianogênico considerado inócuo (inofensivo) quanto ao efeito sedante, porém que transforma em ácido cianídrico tóxico por hidrólise (Lorenzi, H. et al., 2002), que causa distúrbios no SNC, alterações do nervo ótico e perturbações gastrointestinais. Na intoxicação aguda, observa-se o aparecimento de tonturas, dor de cabeça, aumento da freqüência respiratória e cianose que pode ser seguida da perda de consciência e morte por anoxia (Programa Municipal Fitoviva, 2008). O que torna recomendável a fervura demorada do chá para eliminá-lo e evitar doses altas e, o tratamento repetido por longos períodos (Lorenzi, H. et al., 2002).
Deve ser consumido com cautela por pessoa com pressão arterial baixa. Quando usado em alta dosagem, pode provocar lesão no fígado (Almassy Júnior, A.A. et al., 2005).

2.4.11.4 - CULTIVO
Originária da América do Sul; muito cultivada para produção dos frutos que são industrializados na forma de suco (Matos, F.J.A., 1994; Lorenzi, H. et al., 2002).
Comumente cultivado devido às suas flores ornamentais, frutos comestíveis e propriedades medicinais das folhas (Almassy Júnior, A.A. et al., 2005). Adequada para cobrir cercas, pérgolas e caramanchões. (Jardineiro.Net, 2008).

PROPAGAÇÃO
Multiplica-se por estacas e principalmente por sementes. (Jardineiro.Net, 2008; Kindersley, D., 1984; Matos, F.J.A., 1994; Almassy Júnior, A.A. et al., 2005; Afitema, 2007).

PLANTIO
O ano todo (Almassy Júnior, A.A. et al., 2005; Guia Rural, 1990). Plantar em cercas ou em latadas, no mínimo dois pés, para garantir frutificação (Matos, F.J.A., 1994).

CLIMA
Quente e úmido. Suporta qualquer clima, mas desenvolve-se melhor em climas temperados. (Almassy Júnior, A.A. et al., 2005; Afitema, 2007). Cultive em luz forte durante todo o ano. Deve receber três a quatro horas diárias de sol direto (Kindersley, D., 1984; Jardineiro.Net, 2008; Almassy Júnior, A.A. et al., 2005).
Gosta de dias compridos para produzir. Assim, no Centro-Sul, o período de inverno representa uma desvantagem, que as regiões mais ao Norte não têm (Guia Rural, 1990). A maioria das espécies não é tolerante ao frio e às geadas (Jardineiro.Net, 2008; Guia Rural, 1990).
Durante o período de crescimento ativo regue abundantemente sempre que necessário para manter a mistura completamente úmida, mas nunca deixe o vaso em água. Durante o período de repouso regue apenas o indispensável para impedir que a mistura seque (Kindersley, D., 1984; 20)

SOLO
Cresce nos mais diferentes tipos de solo, mas devem evitar os muito argilosos. O terreno precisa ser bem drenado, com acidez fraca e profundo (Guia Rural, 1990; Afitema, 2007; Almassy Júnior, A.A. et al., 2005).Necessário solo fértil com boa adubação orgânica, regada periodicamente para uma boa floração e frutificação (Jardineiro.Net, 2008; Almassy Júnior, A.A. et al., 2005).

COLHEITA
Colhem-se as folhas na época da floração, os frutos maduros e as flores quando estiverem completamente abertas (Afitema, 2007). Segundo Almassy Júnior, A.A. (et al., 2005) colhem-se as folhas antes da floração.

PRAGAS E DOENÇAS
Pode sofrer as seguintes doenças: murcha fusariana, podridão-do-colo, antracnose e o mosaico transmitido por pulgões. As visitas indesejáveis são as moscas das frutas, percevejos, ácaros, lagartas das folhas, broca das hastes e vaquinhas (Guia Rural, 1990).

OUTRAS INFORMAÇÕES
Depois que a muda for crescendo, corte os ramos mais fracos, deixando apenas um ou dois, que posteriormente constituirão a haste principal. Arranje um bambu ou um galho para que ela se apóie até atingir a altura dos arames (Guia Rural, 1990; Kindersley, D., 1984), ou seja, fazer o tutoramento das plantas por cercas ou parreiras (Afitema, 2007).
Pode as plantas velhas tanto quanto for necessário e reduza todos os ramos laterais a um comprimento de 5 ou 8 cm (Kindersley, D., 1984). Pode perder a beleza e a saúde com a idade, requerendo o replantio (Jardineiro.Net, 2008).
Após a frutificação de cada ano, é conveniente se fazer uma limpeza, retirando as folhas, as ramas secas e aquelas que já frutificaram. Os frutos só aparecem nos ramos novos (Guia Rural, 1990).

Ocimum basilicum L. (Alfavaca, manjericão)

2.4.10 - Ocimum basilicum L. (Alfavaca, manjericão)

2.4.10.1 - DESCRIÇÃO
Planta herbácea, anual, mas em ambiente propício pode se tornar perene. Ramificada, ereta, muito aromática e perfumada, de 0,3 m a 1,0 m de altura.
Folhas simples, pecioladas, membranáceas, opostas e ovais; margens onduladas e nervuras salientes, de 4-7 cm de comprimento. Na face inferior das folhas existem minúsculas covas, onde se formam gotículas de essências. Possui haste reta com muitas folhas carnosas, sem pêlos e de cor verde-brilhante.
Flores hermafroditas, numerosas e sésseis, estão aglomeradas no ápice dos ramos e dispostas em espigas ou racimos curtos, apresentando diversas cores de acordo com a variedade: brancas, branco-amareladas, róceas, avermelhadas, purpúreas e lilases.
Frutos do tipo aquênio que resulta em sementes oblongas, preto-azuladas e pequenas.
(Lorenzi, H. et al., 2002; Almassy Júnior, A.A. et al., 2005; Hertwig, I.F.V., 1986; Mattos, S. H. et al., 2006; Guia Rural, 1990).

* Ver fotos no anexo.

2.4.10.2 - USOS
Utilizar a planta fresca de preferência, pois há perda de seus princípios ativos ao secar e ferver (Pereira Pinto, J.E.B. et al., 2000; Selecções do reader’s digest, 1983).

a) Problemas digestivos em geral (estomacal, hepático, vesícula biliar e gases intestinais).
Infusão: preparado adicionando-se água fervente em uma xícara (chá) contendo uma colher (sobremesa) de folhas e inflorescências picadas, ministrando-se uma xícara (chá) do coado antes das principais refeições (Lorenzi, H. et al., 2002).

b) Problemas das vias respiratórias (tosses noturnas, gripes, resfriados e bronquites).
O mesmo chá, citado acima, adoçado com uma colher (sobremesa) de mel (Lorenzi, H. et al., 2002).



c) Problemas da boca e garganta (dor de garganta e aftas).
Bochechos e gargarejos com o seu chá em decocção, preparado fervendo-se meio litro de água com 50 gramas de folhas secas ou 100 gramas de folhas frescas (Lorenzi, H. et al., 2002; Pereira Pinto, J.E.B. et al., 2000).
Prepara-se chá por infusão, utilizando-se 2 colheres de sopa de folhas e/ou sumidades floridas picadas para 1L de água fervente. Posologia: 3 xícaras do chá morno por dia (Unilavras, 2008).

d) Insônia.
Uma colher de chá de folha em 1/4 de litro de água fervente. Faça um infuso por 5 minutos. Coa e beba à noite antes de deitar (Ache tudo e região, 2008).
e) Dor no mamilo de lactantes.
Infuso de duas xícaras de água fervente com duas colheres de sopa de folha por 10 minutos. Coe e aplique compressas (Ache tudo e região, 2008; Pereira Pinto, J.E.B. et al., 2000).

2.4.10.3 – TOXICIDADE E CUIDADOS NO USO
Contra indicado para mulheres grávidas (Ache tudo e região, 2008).
Não é recomendado o seu uso para gestantes nos 3 primeiros meses da gravidez (Lorenzi, H. et al., 2002; Almassy Júnior, A.A. et al., 2005).
Em altas doses pode agir como supressor do sistema nervoso central, causando estado de sonolência e inconsciência (Almassy Júnior, A.A. et al., 2005).
O suco da folha pode ser ligeiramente narcótico em altas doses, alguns de seus compostos como safrol pode causar câncer. A essência pode produzir irritação na mucosa (Programa Municipal Fitoviva, 2008).
2.4.10.4 - CULTIVO
Originário do norte da África e da Índia e é subespontâneo em todo o Brasil (Almassy Júnior, A.A. et al., 2005; Mattos, S. H. et al., 2006). Planta de clima mais quente, mas também mais úmido (Jardins e Plantas, ----?).
Cultivada em quase todo o Brasil em hortas domésticas e jardins para uso condimentar e medicinal (Lorenzi, H. et al., 2002; Guia Rural, 1990; Escola superior de agricultura “Luiz de Queiroz”, 2008).

PROPAGAÇÃO
Propagação por semeadura ou estaquia de galhos (ramos). (Lorenzi, H. et al., 2002; Pereira Pinto, J.E.B. et al., 2000; Ache tudo e região, 2008; Hertwig, I.F.V., 1986; Afitema, 2007; Guia Rural, 1990; Corrêa Junior, C. et al., 2006; Mattos, S. H. et al., 2006). Funciona bem a auto-semeadura em locais que não são muito frios (Ache tudo e região, 2008).

PLANTIO
Planta-se o ano todo, de preferência na primavera (Afitema, 2007; Almassy Júnior, A.A. et al., 2005; Guia Rural, 1990). Trate-o como uma espécie anual e coloque-o no peitoril de uma janela de face norte. Pode atingir 60 cm (Seddon, G.,1980).

CLIMA
Aprecia o clima subtropical, tropical e temperado, mas prefere clima subtropical e temperado quente úmido (Pereira Pinto, J.E.B. et al., 2000; Blanco, M. C. S. G., 2007; Jardineiro.Net, 2008; Hertwig, I.F.V., 1986).
Deve-se cultivá-lo sob sol pleno (Jardineiro.Net, 2008). Gosta de sol, mas sem exagero para não enfraquecer o aroma. O vento também tem de ser controlado. Assim, o ideal seria uma área ligeiramente sombreada e protegida (Guia Rural, 1990).
Não tolera temperaturas frias e muito menos, geadas (Almassy Júnior, A.A. et al., 2005; Hertwig, I.F.V., 1986). Quanto mais baixa a temperatura durante o ciclo da planta, menor é o seu porte (Hertwig, I.F.V., 1986).
Gosta de terrenos ensolarados e bem drenados, bem irrigados quando seco (Ache tudo e região, 2008; Afitema, 2007). Regue com freqüência a base da planta, sem formar lama (Guia Rural, 1990).

SOLO
Prefere solo fértil, permeável e rico em matéria orgânica (Almassy Júnior, A.A. et al., 2005; Pereira Pinto, J.E.B. et al., 2000; Hertwig, I.F.V., 1986; Ache tudo e região, 2008; Mattos, S. H. et al., 2006) Não gosta de solos encharcados (Guia Rural, 1990; Afitema, 2007; Jardineiro.Net, 2008).
Regar com muita freqüência, pois esta planta é muito exigente em umidade embora exija solo permeável com drenagem rápida. Só prospera quando suas raízes dispõem de umidade suficiente. A necessidade de umidade no solo para esta cultura é óbvia: as folhas são muito suculentas, cheias de líquidos, e as perdas por transpiração devem ser repostas prontamente; por outro lado as novas folhas e as que aumentam de tamanho vão sempre exigindo quantidades crescentes de água. Não se deve molhar as folhas por ocasião das regas para evitar riscos de contaminações (Hertwig, I.F.V., 1986).

COLHEITA
A colheita começa quando a planta atinge 20 cm de altura, e prossegue na medida do seu consumo. As folhas frescas possuem um aroma forte; que pode ser acentuado com cortes periódicos nas flores do arbusto (Guia Rural, 1990). Colhem-se as folhas de ramos terminais no início da floração. Podem secá-las em local arejado e à sombra ou usá-las ainda verdes (Afitema, 2007). A colheita inicia-se quatro meses após o plantio (Almassy Júnior, A.A. et al., 2005).
Se o objetivo forem as folhas, deve-se evitar o aparecimento de flores as quais retiram parte das substâncias aromáticas das folhas em prejuízo da qualidade destas últimas. Neste caso é aconselhável cortar fora a extremidade superior do ramo ou caule central onde começaram a se desenvolver as futuras flores, e cortar as pontas que já apresentem flores. Como resultado do corte da extremidade dos ramos centrais, será percebido o desenvolvimento de novos ramos laterais os quais aumentam o volume da touceira. Com este procedimento, consegue-se dilatar o período de colheita de ramos só com folhas e sem flores, para uns dois meses. Caso contrário este período seria de apenas uns dez dias ou pouco mais. A supressão das flores evita o envelhecimento precoce das plantas. A fecundação e a frutificação subseqüente, ocasionam mais uma queda do teor de essência em toda a planta. Uma boa cultura proporciona a colheita de um quilo a um quilo e meio de ramos e folhas frescas por touceira (Hertwig, I.F.V., 1986).
Se a cultura estiver localizada numa latitude e altitude com inverno isento de frios fortes, pode-se efetuar uma poda completa das plantas após a colheita, no fim de outono, e em muitos casos a planta voltará a brotar, crescer e se desenvolver na primavera seguinte. Mas o corte deverá ser feito a uns 10 ou mais cm acima da superfície do solo, pois se for muito rente ao solo as plantas poderão morrer ou produzir muito pouco na segunda colheita bem como no ano seguinte. Se não rebrotarem é necessário replantio (Hertwig, I.F.V., 1986).
Para se obter máximos rendimentos em óleo essencial e do seu constituinte majoritário, deve-se colher entre 8 e 10 horas.
Não suporta muitas colheitas subseqüentes, exigindo o replantio (Jardineiro.Net, 2008).
PRAGAS E DOENÇAS
O Ocimum basilicum cultivado em regiões de clima excessivamente úmido, ou por ocasião de períodos chuvosos ou de chuvisco, pode estar sujeito especialmente à Botrytis cinerea e ao ataque de fungos do solo (Phytium, Fusarium, Sclerotinia etc.) (Hertwig, I.F.V., 1986; Corrêa Junior, C. et al., 2006).
A Botrytis cinerea é um mofo que pode ocasionar danos severos, pois provoca a podridão de ramos, folhas e flores, isto é, ataca a parte aérea das plantas (Hertwig, I.F.V., 1986).
Atacado também por pragas como coleópteros e pulgões (Corrêa Junior, C. et al., 2006).